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8 autores de livros que odiaram os filmes famosos inspirados em suas histórias

Publicado 14 Set 2020 – 08:51 AM EDT | Atualizado 14 Set 2020 – 08:51 AM EDT
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Adaptar histórias da literatura para as telonas é uma prática comum em Hollywood e embora seja uma grande realização para a maioria dos autores, alguns não ficaram NADA felizes de ver no cinema os livros que criaram. Seja por insatisfações com o elenco ou com mudanças nas tramas, esses 8 escritores fizeram questão de deixar claro que detestaram as adaptações - e algumas brigas foram bem feias. Veja as melhores.

Livros que viraram filmes e os autores odiaram

“Mary Poppins” - P.L. Travers

A relação difícil entre Walt Disney e a escritora P.L. Travers ficou tão famosa que até ganhou filme em 2013: “Walt Disney nos Bastidores de Mary Poppins”, protagonizado por Tom Hanks e Emma Thompson. A autora do livro que inspirou o filme clássico da Disney quase não aceitou vender os direitos de sua história.

Com a persuasão do empresário, Travers acabou cedendo e acompanhou de perto a produção do filme - e detestou. Para ela, a versão da Disney suavizou demais a personagem e não transmitiu a lição de disciplina e obediência que ela havia idealizado na história original. Além disso, odiava as músicas que o estúdio compôs.

Quando o filme foi lançado, Walt Disney nem convidou a autora para a sessão, com medo de ela que fizesse críticas à imprensa. Travers apareceu mesmo assim e até chorou de desgosto durante a exibição do longa.

“Eu Sou a Lenda” - Richard Matheson

Escrito em 1954, o livro “Eu Sou a Lenda”, de Richard Matheson, foi adaptado para o cinema mais de uma vez - e o escritor não gostou de nenhuma das versões. A primeira saiu em 1964 e Matheson criticou abertamente a escolha do elenco e a “falta de estilo” na direção.

Em 2008, quando foi lançada a terceira versão - estrelada por Will Smith - o escritor mal se deu ao trabalho de comentar. “Não sei porque Hollywood é tão fascinada pelo meu livro, se eles nunca se importaram em filmar da forma que escrevi”, disse.

“O Iluminado” - Stephen King

Apesar de ser considerado um clássico do cinema, “O Iluminado” deixou o autor original da história, Stephen King, bem decepcionado. Ao longo de mais de 40 anos, o escritor explicou algumas vezes por que odeia o filme dirigido por Stanley Kubrick.

“O filme é muito frio. Não há investimento emocional na família. Acho que o tratamento dado a Shelley Duval, no papel de Wendy, um insulto às mulheres, ela é basicamente uma ‘máquina de gritar’. Não há nenhum envolvimento dela na dinâmica da família”, disse em entrevista ao Paris Review.

Sobrou até para o ator Jack Nicholson, que protagonizou a história. “Ele estava fazendo o mesmo psicopata motociclista que fazia em todos os filmes. O cara é louco. Então, qual é a tragédia da história se ele aparece já parecendo um louco? Não, odiei o que Kubrick fez”, disse.

“Entrevista Com o Vampiro” e “Rainha dos Condenados” - Anne Rice

Anne Rice fez fortuna com a adaptação de seus principais livros para as telas, mas não ficou tão satisfeita assim com o resultado dos filmes. Sucesso nos anos 90, “Entrevista Com o Vampiro” não agradou muito a autora por conta da escolha do elenco, mais especificamente de Tom Cruise.

“Foi uma escolha bizarra”, disse ao Movieline. Na entrevista, Anne disse que chamaria outros atores para o papel, como John Malkovich, e que no fim fez de tudo para que o estúdio ao menos invertesse o papel de Tom Cruise com o de Brad Pitt - que ela acreditava que ser um melhor Lestat.

Anne Rice também é autora de “A Rainha dos Condenados” e este, sim, foi um filme que ela odiou. “Eu implorei para não fazerem esse filme e ele foi uma decepção para muito de meus leitores. Até hoje recebo cartas questionando por que deixei aquilo acontecer. Eu não participei de nada e não podia impedir, o estúdio já tinha os direitos da história”, disse em seu canal no YouTube.

“Bonequinha de Luxo” - Truman Capote

A imagem de Audrey Hepburn tomando café da manhã em frente à vitrine da joalheria Tiffany’s se tornou um ícone do cinema, mas a atriz nunca caiu nas graças de Truman Capote, o autor da história original de “Bonequinha de Luxo”.

O problema do escritor nem era com a adaptação da história em si, mas com a escolha do elenco - ele queria que Marilyn Monroe estrelasse o filme, mas o estúdio não o incluiu na escolha dos atores, o que o deixou muito insatisfeito. Notícias da época diziam que ele era super grosseiro com Audrey no set de filmagem e que, mais tarde, disse que o filme o deixava com vontade de vomitar.

“Forrest Gump - O Contador de Histórias” - Winston Groom

Clássico do cinema, “Forrest Gump” levou nada menos do que seis troféus no Oscar em 1995, mas não agradou nem um pouco o autor do livro que inspirou o filme, Winston Groom. Segundo ele, o longa “passou um pano” na linguagem da história, tornando o personagem superficial.

“Nunca deixe ninguém fazer um filme da história da sua vida”, disse, segundo a Entertainment Weekly. Para piorar a treta, Groom teria recebido muito menos do que estava esperando pelos lucros do filme e, no Oscar, seu nome nem sequer foi citado pela equipe do estúdio.

“Laranja Mecânica” - Anthony Burgess

Aclamado na literatura e no cinema, “Laranja Mecânica” foi criticado pelo próprio autor que, na verdade, se arrependeu de ter criado a história - da adaptação para as telas, então, nem se fala. As principais críticas de Burgess dizem respeito às interpretações a que o livro pode levar.

“O livro pelo qual sou mais conhecido, ou talvez é único, é um romance que estou pronto para repudiar. Escrito há um quarto de século atrás, um artifício feito por dinheiro em três semanas, que se tornou material para um filme que parece glorificar a violência e o sexo. O filme tornou fácil o mau entendimento da história e isso me perseguirá até minha morte. Eu não devia ter escrito o livro por causa do perigo de sua má interpretação”, disse.

“A Fantástica Fábrica de Chocolate” - Roald Dahl

Clássico do cinema infantil, o filme original de “A Fantástica Fábrica de Chocolate” quase foi barrada pelo autor do livro, Roald Dahl. Mais especificamente, o escritor tinha um grande problema com o ator Gene Wilder, que interpreta Willy Wonka nas telas.

Em sua biografia, Dahl classifica o filme como “miserável”. Segundo o livro, ele acabou “tolerando” o filme, que tinha coisas boas, mas gostar mesmo, nunca. Mais do que isso, achava a performance de Gene Wilder como Willy Wonka pretensiosa.

No livro, são relatadas também as críticas do escritor ao diretor do filme, Mel Stuart, a quem chamou de sem talento. A insatisfação foi tanta, que Dalh proibiu o estúdio de fazer uma continuação enquanto ele estivesse vivo.

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