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Animações do Netflix-Zappeando

Santoro empresta a voz a ajudante de Papai Noel em "Klaus": "Suei muito para fazer"

Publicado 14 Nov 2019 – 10:21 AM EST | Atualizado 4 Dez 2019 – 03:21 PM EST
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Primeira animação da Netflix, "Klaus" estreia no catálogo do streaming nesta sexta-feira (15). Às vésperas do Natal, o filme se propõe a contar a história do Papai Noel sob uma nova ótica, mostrando o Bom Velhinho de um jeito que ninguém nunca o imaginou antes, ao mesmo tempo em que expõe reflexões sobre tolerância e generosidade nos dias atuais.

Dirigido por Sergio Pablos, um dos cocriadores de "Meu Malvado Favorito", a versão brasileira da animação conta com dublagens de Daniel Boaventura como Klaus e de Rodrigo Santoro como Jesper, o carteiro atrapalhado que dá início à história.

Fernanda Vasconcellos completa o trio de famosos no elenco, dando voz à professora Alva.

Na história, Jesper é o pior carteiro da escola onde estuda e é enviado a uma ilha acima do Círculo Ártico, um lugar terrível onde as pessoas se odeiam e vivem em guerra, sem chance de trocar cartas ou até mesmo gentilezas entre eles.

Quando ele está prestes a desistir de sua missão, conhece Klaus, um carpinteiro que vive isolado, mas tem um talento incrível com brinquedos. Juntos, eles transformam Smeerensburg em um lugar contagiado pelo espírito natalino.

Em entrevista, Rodrigo Santoro, Daniel Boaventura e Fernanda Vasconcellos falam sobre a animação natalina, a primeira da Netflix, feita para entreter tanto adultos quanto crianças.

"Klaus" na Netflix: entrevista com os dubladores

Jesper é apresentado como um garoto mimado que viveu em um mundo de luxos até ser expulso de casa pelo pai. Ao encarar a dura missão longe dos caprichos a que estava acostumado, passa por um processo de amadurecimento ao lidar com Klaus, uma figura soturna que vive isolada na floresta.

Veja o trailer:

Para Santoro, o filme permite diferentes percepções dependendo de quem o vê: "A gente está falando de generosidade, de altruísmo, de amor, de amizade, que é exatamente o que acontece entre essas personagens. Mas eu acho que uma das coisas que mais me chamou a atenção foi as transformações que acontecem a partir desses encontros".

Acostumado a dublagens, Santoro encontrou outro nível de desafio em "Klaus": filmando outro projeto quando foi convidado pela Netflix, o ator emendou horas e horas no estúdio para chegar à voz rápida e ansiosa de Jesper, "um rapaz que toma muito café expresso de manhã", como definiu o ator.

"Eu suei muito para fazer. O que eu observei é como é importante e possível, mesmo que seja só através da voz, você transmitir emoção, sentimentos, estados. É muito sutil. A gente escutava a cena e, apesar de funcionar, não tinha vida. Então a gente fazia de novo e de novo".

E todo o esforço e suor valeram a pena, já que a dublagem brasileira ganhou elogios fora do País, entregou Santoro: "Já escutamos dos produtores americanos que foi a melhor versão, no sentido de ter emoção, de ter vida por trás".

Recebido com elogios pela crítica internacional - com 85% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme chegou a ser comparado com "Divertida Mente" por ser atraente tanto para crianças quanto para os adultos - o que, para Daniel Boaventura, é um dos pontos que, junto com a estética do desenho, podem transformar "Klaus" em um clássico natalino.

"Sergio Pablos é muito inteligente na maneira de contar a história, de envolver o espectador, primeiramente por atrair crianças, jovens e adultos, e também porque ele usa o humor de uma maneira muito inteligente. Ele não subestima a inteligência do espectador, da criança", disse Boaventura.

"Ele conseguiu fazer o entretenimento com uma mensagem efetiva, que vai fazer você ter curiosidade de procurar outros temas que possam enriquecer você", continuou o intérprete de Klaus.

Ao falar sobre a classificação de "Klaus" como uma "história para toda a família", Santoro reforça que esse foi um dos pontos que o atraiu na produção da Netflix.

"Poder fazer uma animação, que normalmente é considerado um filme leve, mas que fala com muita inteligência de questões muito fundamentais e urgentes, é um bônus. É quase um ‘cavalo de tróia’ nesse sentido. Mas a criança vai sair rindo, e o pai vai sair: 'Uau, é mesmo'. É para isso que a gente trabalha: é para entreter e também é para provocar reflexões".

Para Fernanda Vasconcellos, intérprete da professora Alva, o interessante de "Klaus" é ser um filme que conta a história do Papai Noel de uma maneira completamente diferente, ao mesmo tempo em que aborda a diversidade.

"Nunca ouvi essa história dessa forma - e acho que isso é genial. É um roteiro que me emocionou quando eu li, me fez refletir sobre possíveis intolerâncias, como eu me relaciono no trabalho, em família", confessou a atriz.

"No final das contas, o filme é sobre estes encontros, sobre o símbolo que é o altruísmo, a generosidade, pelo que o Papai Noel é conhecido. A essência do filme é isso, independente se a cidade existe ou não, se o Klaus era daquele jeito ou não. Tudo isso é simbólico", concluiu Santoro.

Veja uma cena do filme:

Originais da Netflix

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