null: nullpx
cinema-Zappeando

17 filmes que NINGUÉM entendeu de primeira e deram um nó na cabeça

Publicado 28 Fev 2019 – 10:51 AM EST | Atualizado 28 Fev 2019 – 10:51 AM EST
Compartilhar

A sensação de “ué?” é inevitável ao terminar de assistir alguns filmes que, ao menos logo de cara, parecem não fazer sentido. Com histórias muito confusas ou reviravoltas absurdas, estas 17 produções precisam daquela segunda assistida para serem desvendadas.

Filmes difíceis de entender

“Donnie Darko”

Se alguém te disser que entendeu “Donnie Darko” logo de cara, desconfie. Não é à toa que o filme é um dos recordistas em número de teorias dos fãs: são diversas as interpretações do que significa a história estrelada por Jake Gyllenhaal – incluindo buracos negros, viagem no tempo e psicose.

Ambientada no fim dos anos 80, o filme acompanha Donnie que, após receber a visita do coelho Frank, tem uma previsão sobre o fim do mundo e embarca em uma viagem totalmente confusa: de primeira, é difícil entender o que é presente e futuro e o que é alucinação do protagonista. Até hoje, muita gente acredita que o final simplesmente não faz sentido.

As teorias mais famosas dão conta de que “Donnie Darko” explora a linha interdimensional: em vez de viagem no tempo, trata-se de uma história contada em dimensões do universo diferentes. Em uma das linhas, Donnie está salvo, e na outra é vítima fatal da turbina de avião que cai em cima de sua casa.

“A Origem”

O pião girando na cena final do filme certamente deixou muitos pontos de interrogação na cabeça de quem estava assistindo. O longa estrelado por Leonardo DiCaprio mistura o mundo real e o mundo dos sonhos na história de um ladrão especialista em extrair informações do subconsciente alheio.

Aqui ficou difícil entender se, no fim, era tudo sonho ou tudo real e em quais momentos o cenário mudou. Depois de anos de teoria, o ator Michael Caine esclareceu a dúvida, ao relatar uma conversa que teve com o diretor de “A Origem”, Christopher Nolan.

“Quando recebi o roteiro, fiquei um pouco confuso e disse para ele: ‘não entendo onde é sonho. Quando é sonho e quando é realidade?’ Ele respondeu: ‘bom, se você está na cena, é realidade.’ Então é isso: se estou na cena, é realidade. Se não estou, é sonho”. Como o personagem de Cane está na sequência final: é real, sim.

"Ilha do Medo”

Passamos o filme inteiro pensando uma coisa para, no final, descobrir que se tratava de algo completamente diferente. Em “Ilha do Medo”, Leonardo DiCaprio é um investigador acompanhando o funcionamento de um hospital psiquiátrico. Só que não: ele era um dos pacientes que estava recebendo tratamento, mas acha que era um detetive.

Como ninguém estava preparado para esse plot, os detalhes que denunciavam a verdadeira situação do personagem acabaram passando despercebidos, mas uma segunda sessão revela todos. Um dos exemplos mais nítidos é o fogo: toda vez que o protagonista está perto das chamas, sofre alguma alucinação – uma referência à forma como a esposa dele matou os filhos.

"Amnésia”

Apesar de ser uma história razoavelmente simples, a forma como é contada deixou muita gente confusa. Com um vai-e-volta na linha do tempo, o filme acompanha a jornada de um homem que, após um acidente, sofre de um tipo de amnésia que o impede de guardar novas memórias.

O filme é do mesmo diretor de “A Origem”, Christopher Nolan, e, novamente, o “inimigo” não é o roteiro, mas a atenção que exige para entender os acontecimentos. As cenas se dividem em três linhas do tempo diferentes e alguns momentos são mostrados de trás para frente.

“O Homem Duplicado”

Adaptado da obra de José Saramago e estrelado por Jake Gyllenhaal, o filme também rendeu várias teorias e interpretações para as metáforas. Além disso, a história do professor que descobre que é idêntico a um ator famoso é contada em uma sequência meio nebulosa, que parece fora de ordem.

Nesse caso, as principais divergências rolam em relação às aranhas que aparecem no filme. O que significam? As teorias mais fortes dizem que representam as mulheres da vida de Anthony (Jake Gyllenhaal), ou ainda que simbolizam as “teias” do destino e da consciência.

“Cisne Negro”

O filme que deu um Oscar de Melhor Atriz para Natalie Portman causou um misto de aflição e confusão em quem assistiu. Demorou até o público perceber o que realmente significava Lily, personagem de Mila Kunis.

Acontece que a bailarina se sentia tão pressionada pelo trabalho que criou uma espécie de lado dark de sua própria personalidade – incorporado por Lily, o Cisne Negro. O final, então, foi ainda mais confuso. Nina (Natalia Portman) acha que matou Lily, mas na verdade se sacrificou pelo prestígio e pela perfeição que tanto buscava.

“Sr. Ninguém”

Mais uma vez, os universos paralelos tornam histórias aparentemente simples em monstros de sete cabeças. É o caso de “Sr. Ninguém”, em que o protagonista Jared Leto lida com as consequências de cada uma de suas escolhas vendo na vida, em uma espécie de “Efeito Borboleta”.

O problema é que, em vez de voltar no tempo, cada decisão leva à uma linha diferente. No final, ele acaba morrendo em todas as linhas do tempo, exceto em uma (na qual reencontra uma garota por quem era apaixonado) e este é o verdadeiro desfecho da história.

“Mãe!”

Um dos filmes mais comentados de 2018, não só confundiu, como também chocou o público no cinema. Cheio de momentos tensos que, aparentemente, não têm muita explicação, “Mãe!” foi um prato cheio para quem gosta de encontrar metáforas e interpretações escondidas.

A dica aqui é assistir de novo para pescar todas as referências. Interpretado como uma narrativa sobre a criação do mundo, há vários elementos históricos, como personagens e passagens da bíblia (Deus, Adão, Eva, Caim e Abel, o apocalipse, etc). Além disso, rola também a interpretação sobre o nascimento e destruição do planeta Terra – a “Mãe” – pelo homem.

“O Iluminado”

Um dos clássicos do cineasta Stanley Kubrick é um jogo mental com o espectador. Tanto é que, a cada vez que você assistir, vai encontrar um novo elemento em que não havia reparado: objetos, fantasmas, mensagens e informações de fundo escondidas fazem parte da mitologia de “O Iluminado”.

Inspirado na obra de Stephen King, o final do filme é discutido até hoje porque, após a morte do protagonista, a câmera mostra uma foto dele com a data de 1921, mas a história claramente se passa mais perto dos dias atuais. Fica a questão: quem era ele, então? De onde ele veio?

“Interestelar”

Mais do que a viagem espacial, “Interestelar” mistura também conceitos científicos de passagem do tempo, como a teoria da relatividade e os buracos de minhoca. Por isso, fica mais difícil acompanhar, de primeira, o ritmo dos anos na história.

Se dentro da nave onde está o protagonista Matthew McCounaghey o tempo passa em horas, na Terra, são anos de viagem. Essa mecânica faz com que passado e futuro se cruzem.

Isso porque ao viajarem no buraco de minhoca, os personagens conseguem se comunicar com eles mesmos no passado – o que nos leva de volta ao ponto inicial do filme, quando o protagonista e sua filha recebem mensagens enigmáticas e pensam que estão se comunicando com seres de outra dimensão. Bom, melhor assistir de novo.

“Clube da Luta”

A trama psicológica mistura realidade e fantasia para contar uma história que, a princípio, é difícil encontrar sentido. Brad Pitt e Edward Norton interpretam duas personalidades da mesma pessoa, em um Clube da Luta em que homens se reúnem para descontar as frustações na violência uns contra os outros.

Como o filme começa já no meio do caos, só descobrimos no fim que o personagem de Brad Pitt não existe de verdade – embora algumas teorias digam que ele é real, sim. Não faltam teorias e explicações para explicar o que acontece na mente do narrador, mas o mais nítido é a reflexão sobre a projeção das vontades reprimidas.

“A Chegada”

O filme surpreendeu ao dar um novo formato ao recurso de passagem do tempo. Em “A Chegada”, seres alienígenas transformam o conceito de tempo e a história é contada de uma forma não-linear, como estamos acostumados, o que acaba deixando todo mundo meio confuso logo de cara.

Ao longo da trama, quando começamos a entender melhor os alienígenas e o sistema de linguagem deles estudado pela personagem de Amy Adams é que começa a surgir a desconfiança de que presente e futuro são uma coisa só nessa história.

“O Predestinado”

O principal motivo de confusão neste caso é que fica difícil entender rapidamente o que é começo, meio e fim da história, já que o filme acompanha um agente que viaja no tempo para evitar catástrofes. Enquanto uma pergunta é respondida, outras várias são levantadas.

O grande ponto do filme é fazer o espectador entender qual a ligação entre todos os personagens e a relação de causa e consequência – era ele quem provocava os acontecimentos que, depois, precisava evitar. Nas viagens no tempo, o protagonista acaba caindo em um looping que levanta a clássica questão “o que veio primeiro: o ovo ou a galinha?”.

“2001: Uma Odisseia no Espaço”

Um dos clássicos da ficção científica, o filme não é difícil de entender. O que pega aqui é a quantidade de elementos não explicados: as aparições do monólito, a capacidade emocional do robô, a sequência final cheia de, ao que parece, misticismo. O que significa tudo isso?

Como a proposta é justamente levantar a reflexão filosófica, as respostas para isso são sempre abertas à interpretação. No entanto, o diretor Stanley Kubrick sanou ao menos uma das dúvidas: o significado do bebê que aparece no filme.

“Quando a história de Bowman [o protagonista] acaba, ele é transformado em uma espécie de super-humano e enviado de volta para a Terra. Nós apenas temos que imaginar o que acontece quando ele volta”, disse o cineasta em entrevista ao diretor Jun’ichi Yaoi, em 1980.

“Dogville”

Ao refletir sobre o fracasso da sociedade, “Dogville” usa recursos tão abstratos que haja imaginação para tentar compreender – por isso mesmo o filme do excêntrico diretor Lars Von Trier pode parecer completamente sem sentido assim de primeira.

Uma das interpretações é olhar para Grace, personagem de Nicole Kidman, como uma representação da inocência ou neutralidade. Ao chegar à isolada comunidade de Dogville, ela começa a ser corrompida para servir às vontades dos membros que, ao perceber que têm poder sobre ela, se tornam cada vez mais gananciosos.

“Cidade dos Sonhos”

Com mais de duas horas de duração, haja paciência e imaginação para tentar entender “Cidade dos Sonhos”. O filme acompanha duas mulheres, interpretadas por Naomi Watts e Laura Harring, que têm as vidas cruzadas em um caminho terrível, que mistura realidade e pesadelo.

Neste caso, o mistério gira em torno não só de quais pessoas são reais na história, mas quais papeis eles realmente interpretam. Aqui a dica é prestar atenção em uma caixa azul que aparece na história: ela simboliza a consciência da protagonista Diane, que quando entra nela, é trazida de volta ao mundo real.

“Psicopata Americano”

O aclamado filme estrelado por Christian Bale é fácil de entender durante 99% do tempo – o final é que deixou todo mundo cheio de interrogações na cabeça. Na cena final, tudo sai de controle, ele acaba matando mais uma pessoa e confessa seus crimes após uma perseguição que parece não fazer sentido.

Existem muitas teorias sobre o que poderia significar essa loucura e uma delas é de que o protagonista, na verdade, não era um serial killer e sim um homem perturbado com uma imaginação muito fértil – assim, todas as atrocidades que o vimos cometer são apenas projeções sádicas.

Dicas de filmes

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse