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"O Exorcista", "Os Miseráveis" e mais: 15 papéis que traumatizaram atores no cinema

Personagens com histórias pesadas atormentaram seus intérpretes antes, durante e até depois das filmagens
Publicado 14 Dez 2018 – 02:55 PM EST | Atualizado 12 Mai 2022 – 11:02 AM EDT
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Linda Blair em "O Exorcista" (1973) e Anne Hathaway em "Os Miseráveis" (2012) Crédito: Warner Bros. Pictures | Universal Pictures

A dedicação ao personagem para gravar um filme durante meses não é uma tarefa fácil. Por essa razão, muitos artistas de produções famosas acabam ficando com um pouco de trauma de seus papéis nos cinemas. Você sabia desses casos?

Papéis que traumatizaram os atores no cinema

Bill Skarsgard, em It: A Coisa

O ator sueco ganhou destaque ao interpretar o palhaço Pennywise no remake de "It: A Coisa", lançado em 2017. Só que Bill Skarsgard se aprofundou tanto no personagem, que foi difícil deixá-lo para trás.

Depois que as gravações do filme terminaram, Skarsgard revelou que teve vários pesadelos com Pennywise. “Comecei a ter sonhos muito estranhos e reais com Pennywise. Toda noite ele me visitava”, contou o ator em entrevista a jornais norte-americanos.

Apesar dos pesadelos, Bill Skarsgard estrelou a sequência do filme, lançado em 2019.

Anne Hathaway, em Os Miseráveis


Para interpretar Fantine em Os Miseráveis, Anne Hathaway precisou perder 15 quilos com uma dieta de alface e mingau de aveia. Duro, não?

Além de se sentir totalmente esgotada, a atriz também teve problemas emocionais por conta da personagem intensa.

“Fiquei em estado de provação, físico e emocional. Levei semanas para me sentir como eu mesma de novo”, revelou Anne Hathaway em entrevista aos tablóides norte-americanos, logo após o lançamento do filme.

Leonardo DiCaprio, em O Regresso

Filmando em temperaturas abaixo de zero, Leonardo DiCaprio precisou mergulhar em rios congelados, usar uma pele de urso encharcada e até mesmo comer um fígado cru durante as filmagens de O Regresso.

DiCaprio definiu o trabalho como o “mais difícil” da sua vida. “Não estou reclamando das dificuldades, mas isso nos levou a um lugar que nunca imaginávamos”, afirmou DiCaprio.

Mas todo o trabalho valeu a pena. Foi em 2016, depois do lançamento de O Regresso, que DiCaprio finalmente conquistou o tão desejado Oscar.

Janet Leigh, em Psicose


Janet Leigh foi a protagonista de um dos filmes mais famosos dos últimos tempos: Psicose. Com certeza você se lembra da cena em que ela é apunhalada enquanto tomava banho.

Para os amantes do cinema, essa é uma das melhores tomadas de todos os tempos, visualmente impressionante e excepcionalmente executada, certo? Não para a atriz.

Janet revelou que gravou a cena nua, o que a fez sentir completamente indefesa ao ataque. A atriz também contou a diferentes veículos que, por conta desse filme desenvolveu uma fobia ao chuveiro: ela tomava banho de banheira e, quando não era possível, nunca fechava a cortina e sempre deixava a porta aberta.

Shelley Duvall, em O Iluminado

Há anos, correm boatos de que o diretor Stanley Kubrick sabia que Shelley Duvall tinha problemas mentais e se aproveitou da situação da atriz para alcançar o que queria no longa.

Ainda que isso não tenha sido comprovado, é verdade que Shelley teve sequelas depois de atuar no filme.

Para conseguir filmar a cena em que sua personagem, Wendy Torrance, grita de desespero, Kubrick fez com que Shelley repetisse a tomada 127 vezes, o que a deixou esgotada.

Em 2016, a atriz confessou que vivia atormentada e tinha delírios parecidos aos de Jack Torrance. Ela também disse foi frustrante passar dias inteiros angustiada e que, ao final, o único reconhecido pelo trabalho foi o diretor.

Tippi Hedren, em Os Pássaros

Tippi Hedren foi uma das atrizes que ficaram traumatizadas depois de participar de um filme de Hitchcock.

Sabe a cena final do filme, na qual Hedren é atacada por diversos pássaros? Segundo a própria atriz, ela não usou nenhuma proteção para gravar a tomada.

Para piorar a situação, Hitchcock usou aves reais na cena para captar o verdadeiro horror. Tempos depois, Tippi declarou que trabalhar com o renomado diretor foi “uma experiência brutal”.

Kyle Richards, em Halloween: A Noite do Terror

Kyle Richards tinha apenas 9 anos quando Halloween: A Noite do Terror estreou nos cinemas, em 1978. Tudo correu bem durante as filmagens, mas, ao ver o filme pronto, Kyle ficou horrorizada.

“Foi muito assustador. Eu dormi com a minha mãe até os 15 anos depois disso. Estava apavorada a todo momento”, revelou a atriz.

Heather Donahue, em A Bruxa de Blair

Heather Donahue e parte do elenco de A Bruxa de Blair foram “abandonados” em uma floresta durante as filmagens.

O grupo recebia roteiros com orientações básicas, comida em quantidade cada vez menor e ainda era assombrado pela produção durante a noite.

E nem mesmo quando as filmagens terminaram Heather conseguiu relaxar. Em uma estratégia de marketing, a atriz foi dada como morta em um site internacional. “Eu tinha 24 anos. É complicado estar morta quando você ainda está viva e ansiosa para conseguir reconhecimento”, afirmou Heather.

Depois de tudo isso, Heather Donahue acabou abandonando a carreira de atriz para vender maconha medicinal. Atualmente, ela escreve romances e roteiros.

Kate Winslet, em O Leitor

Depois de interpretar uma ex-guarda de campo de concentração nazista em O Leitor, a atriz levou dois meses para voltar ao seu estado normal.

“Foi como se eu tivesse escapado de um acidente grave de carro e precisasse entender o que tinha acabado de acontecer”, explicou Kate.

Apesar de tudo, o trabalho rendeu um Oscar para a atriz.

Isabelle Adjani, em Possessão

Depois que as gravações do filme terminara, Isabelle Adjani confessou que a personagem exigiu muito dela e que foi difícil de se recuperar.

A atriz precisou de anos de terapia para que a personagem Anna saísse de seu corpo e de sua mente.

Uma das decisões tomadas pela atriz depois do lançamento de Possessão foi nunca mais voltar a interpretar uma personagem parecida com Anna. Justo, não?

Linda Blair, em O Exorcista


Linda Blair, hoje com 60 anos, ainda era pequena quando gravou o primeiro filme de O Exorcista. E, por ainda ser uma criança, ela via tudo como se fosse uma brincadeira nos sets de filmagem.

O “pesadelo” de Linda começou após o lançamento do longa-metragem, quando ela passou a ser abordada por jornalistas que questionavam seus ideais e crenças a todo momento.

Em uma entrevista quando já era mais velha, a atriz chegou a declarar: “Para mim, O Exorcista é um trabalho de ficção, nunca entendi a relação com o sobrenatural. As perguntas da imprensa só aumentavam a pressão sobre mim, o que não é muito legal quando se é uma criança.”

Adrien Brody, em O Pianista

O filme O Pianista rendeu um Oscar de Melhor Ator para Adrien Brody, que veio somente depois de muito suor para conseguir viver o personagem no cinema.

O ator interpretou Wladyslaw Szpilman com tanta seriedade que se desfez de seu carro, vendeu seu apartamento e terminou o relacionamento com a namorada para “experimentar” o mesmo sentimento de desespero que seu personagem.

Em entrevistas depois que as gravações do filme terminaram, Adrien Brody revelou que precisou de mais ou menos um ano para se recuperar e se sentir como era antes.

Jeffrey Dean Morgan, em Possessão

Jeffrey Dean Morgan revelou que algumas coisas aconteceram durante as filmagens de Possessão que o deixaram perturbado. Quer exemplos? Lâmpadas explodiam sem nenhuma razão aparente e correntes de ar eram sentidas mesmo quando o set estava fechado.

Outro acontecimento paranormal: foram encontrados alguns equipamentos de filmagem queimados no chão do set e nunca foi possível saber a causa do incêndio.

Jennifer Carpenter, em O Exorcismo de Emily Rose

Mais um caso em que um filme sobre possessão traumatizou uma atriz. Dessa vez, Jennifer Carpenter revelou que, durante as gravações de O Exorcismo de Emily Rose, ela se assustou várias vezes porque seu rádio ligava sem que ela tocasse nele.

Além disso, a companheira de cena de Jennifer, Laura Linney teve a mesma experiência com uma televisão que ligava sozinha.

Depois desse papel, Jennifer viu sua carreira decolar. Mas, em entrevista, a atriz afirmou que agradece todos os dias quando ela acorda de madrugada e não são três horas da manhã.

Bob Hoskins, em Uma Cilada Para Roger Rabbit

Você já se perguntou como é atuar quando seus companheiros de cena não estão fisicamente ao seu lado? Bob Hoskins viveu exatamente essa situação ao gravar Uma Cilada Para Roger Rabbit.

Depois de interpretar o detetive Eddie Valiant, Bob Hoskins declarou que aprendeu como alucinar.

Quando as gravações do filme terminaram, Hoskins, em diversas ocasiões, se pegou falando sozinho e pensando em que Roger Rabbit estava sentado perto dele. Por isso, seu médico recomendou que ele tirasse férias dos sets.

Curiosidades do cinema

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