Demissão de James Gunn: o que aconteceu nos bastidores de "Guardiões da Galáxia"?
A demissão de James Gunn do posto de direção em “Guardiões da Galáxia Vol. 3” abalou os bastidores da produção. O elenco liderado por Chris Pratt se manifestou diversas vezes em favor do cineasta, mas até agora a Disney não revogou a decisão de romper contrato com ele. Entenda tudo o que aconteceu.
Por que James Gunn foi demitido?
Recentemente, uma série de tweets antigos do cineasta fez com que a Disney decidisse demiti-lo do estúdio. Isso porque o cineasta publicou, por volta de 2009, uma série de “piadas” envolvendo temas delicados criminosos, como pedofilia e estupro.
“As atitudes e declarações ofensivas descobertas no Twitter de James Gunn são indefensáveis e incompatíveis com os valores de nosso estúdio”, declarou o presidente da Walt Disney Studios, Alan Horn, em declaração oficial reportada pelo Deadline.
Elenco defende James Gunn
Além da polêmica central da demissão, a manifestação dos atores em defesa do cineasta também acirrou debates na internet. Isso porque os tweets antigos foram “caçados” por membro da extrema-direita americana, com o objetivo de prejudicar a imagem de Gunn – ainda segundo o Deadline, o diretor seria um crítico assíduo do governo de Donald Trump, apoiado pela chamada “alt-right”.
Assim, os atores Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista, Bradley Cooper, Vin Diesel, Pom Klementieff, Karen Gillan, Michael Rooker e Seann Gun assinaram juntos uma carta aberta defendendo a permanência do diretor.
“Uma Carta Aberta do Elenco de ‘Guardiões da Galáxia’
Em suas redes pessoais, o atores continuaram defendendo o cineasta. Intérprete do herói Peter Quill, Chris Pratt citou um versículo da bíblia para defender o cineasta. “Portanto, meus amados irmãos, que todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Tiago 1:19”, escreveu.
Dave Baustista, o Drax, foi mais incisivo em sua manifestação e disse que só fará o próximo filme porque já assinou um contrato.
“Farei o que sou legalmente obrigado a fazer, mas ‘Guardiões’ sem James Gunn não é o que eu assinei. Também é muito nojento trabalhar para alguém que empodera uma campanha liderada por fascistas. É assim que me sinto”, declarou.
Por enquanto, tudo indica que a Disney não voltará atrás na decisão, já que há algum tempo tem apertado o cerco em relações a atitudes preconceituosas e socialmente nocivas, ainda segundo o Deadline.
Além disso, o estúdio não estaria com pressa para encontrar um substituto na direção de “ Guardiões da Galáxia Vol. 3”, que tem estreia prevista para 2020.
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