"Histórias Cruzadas" é um dos filmes mais emocionantes dos últimos tempos. Concorda?

O filme “Histórias Cruzadas” retrata um momento histórico em que os negros dos Estados Unidos se uniam na luta por seus direitos civis. A história gira em torno de uma mulher branca norte-americana, Eugenia “Skeeter” Phelan, e o seu relacionamento com duas empregadas negras nos anos 1960.

Como narradora desse relato, a jovem jornalista Skeeter volta para a casa dos pais e decide escrever um livro sobre a perspectiva das empregadas (conhecido como “The Help”), mostrando como elas sofriam racismo na casa dos patrões brancos.

Razões para assistir "Histórias Cruzadas"

Para quem gosta de filmes com personagens femininos fortes, esse é um longa-metragem imperdível. Em 1963, no estado do Mississippi, Aibileen Clark (Viola Davis) é uma empregada doméstica negra que passa a vida cuidando de crianças brancas depois da morte de seu único filho. Ela trabalha para a família Leefolt. Mais do que um retrato da história norte-americana, o filme mostra o cenário da época de um jeito mais íntimo contando como eram a vida destas mulheres.

A história confronta o interior de dois mundos: o dos empregados e o dos seus patrões. Aibileen cuida como mãe da filha de seus empregadores. A relação dela que é, ao mesmo tempo babá, mãe em tempo integral e primeira professora da menininha Mae Mobley é muito importante. A criança é ignorada tanto pelo pai, quanto pela mãe. Aibileen é a responsável por fazer aquela a menininha se sentir amada.

No entanto, mesmo com todo amor e doçura que dedica à menina, Aibileen mantém uma profunda tristeza causada pela morte de seu único filho nas mãos dos "homens brancos". Sua história de ressentimento é a mesma das de suas colegas, que protegem e cuidam de outras crianças enquanto ninguém cuida dos seus próprios filhos.

O filme também foi bem recebido pelos sindicatos de críticos. Recebeu ao todo 41 prêmios e foi indicado a 102, entre eles Oscar, Golden Globe Awards, SAG Awards, BAFTA e outros.

"Histórias Cruzadas" ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante com Octavia Spencer e foi indicado a outros três: Jessica Chastain como Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Atriz com Viola Davis e Melhor Filme, indicações e premiação repetidas no Golden Globe Awards. Recebeu também três prêmios no SAG Awards levando o de Melhor Elenco, Melhor Atriz Coadjuvante (Octavia Spencer vencedora,Jessica Chastain indicada) e Melhor Atriz Principal (Viola Davis).

Relações e amizades trocadas

Como o título sugere, o filme relata uma trama de histórias femininas que são cruzadas. Assim, como a bela relação estabelecida entre suas personagens, a parceria estabelecida entre a atriz Octavia Spencer e Jessica Chastain rendeu a amizade das belas mesmo após o filme.

A atriz Octavia Spencer fez Minny Jackson, uma excelente cozinheira, porém uma criada "difícil”, que perdeu vários empregos por falar demais. Jessica Chastain interpretou Celia Foote, jovem que é hostilizada pelas mulheres da cidade porque se casou com um dos solteiros mais cobiçados e por ser vista como fútil e descartável pela elite local.

Minny, ao ser contratada por Celia, tenta ensiná-la como tratar uma criada negra, dá apoio quando a patroa passa por  dificuldades em relação à gravidez, e ajuda no treinamento necessário para que domine as prendas domésticas, como tanto deseja. Já Celia mostra para Minny que ela não está certa em relação a sua ideia de tratamento entre negras e brancas e sugere que ela largue seu marido abusivo. A relação que as duas estabelecem é muito especial. Por suas interpretações, ambas foram indicadas ao Oscar de Atriz Coadjuvante.

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