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Novo dinossauro brasileiro descoberto tinha bico e vivia no Paraná: conheça

Publicado 24 Nov 2021 – 10:12 AM EST | Atualizado 24 Nov 2021 – 10:12 AM EST
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O Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), anunciou a descoberta de uma nova espécie de dinossauro brasileira, que foi batizada de Berthasaura Leopoldinae.

Com base em dados estimados graças ao bom estado da ossada, os pesquisadores afirmam que o exemplar encontrado seria juvenil e de pequeno porte, com aproximadamente 80 centímetros de altura e 1 metro de comprimento.

De acordo com artigo publicado na revista científica Nature, no dia 18 de novembro de 2021, o novo dinossauro brasileiro viveu no período Cretáceo, onde hoje está situado o município de Cruzeiro do Oeste, noroeste do Paraná.

Primeiro dinossauro sem dentes do Brasil

O esqueleto de Berthasaura leopoldinae foi encontrado em escavações em um corte de estrada rural em Cruzeiro do Oeste e, segundo os pesquisadores, deve ter entre 70 e 80 milhões de anos.

"Temos restos do crânio e mandíbula, coluna vertebral, cinturas peitoral e pélvica e membros anteriores e posteriores, o que torna Bertha um dos dinos mais completos já encontrados no período Cretáceo brasileiro", disse Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional.

Ainda de acordo com Kellner, o que torna esse dinossauro genuinamente raro é o fato de ser um terópode desprovido de dentes, o primeiro encontrado no país.

Além de não possuir dentes, a espécie também não apresentava qualquer sinal da existência de cavidades portadoras de dentes na mandíbula e no maxilar. No esqueleto ainda foram identificados marcas e sulcos, sugerindo a presença de um bico de queratina, semelhante ao das aves atuais.

Vivendo em uma área restrita como o deserto, esse dinossauro deveria se alimentar do que estivesse disponível, tendo provavelmente desenvolvido uma dieta onívora.

De acordo com informações da Agência Brasil, o nome do dinossauro é uma “homenagem tripla": Bertha se refere à pesquisadora Bertha Maria Júlia Lutz, bióloga do Museu Nacional e uma das principais líderes na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras.

O epíteto específico leopoldinae homenageia tanto a imperatriz brasileira Maria Leopoldina, que foi uma grande entusiasta das ciências naturais, como também a escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, que homenageou o Museu Nacional como o tema do seu desfile em 2018.

Descobertas arqueológicas

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