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Por que cheirinho de bebê é tão gostoso? Ciência parece ter encontrado a resposta

Publicado 10 Mai 2021 – 04:20 PM EDT | Atualizado 10 Mai 2021 – 04:20 PM EDT
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“Cheirinho de bebê” é uma expressão que imediatamente nos remete a algo bom, positivo e prazeroso. O sentimento de satisfação que toda mãe experimenta ao cheirar seu filho pequeno é tão real que tem até explicação científica.

Um estudo feito pela Universidade de Montreal, no Canadá, mostrou que existe uma razão fisiológica pela qual o cheiro do bebê é tão irresistível. Os resultados foram publicados no periódico Frontiers in Psychology.

Ciência explica por que cheiro de bebê é tão gostoso

De acordo com o trabalho científico, o cheiro do bebê recém-nascido aumenta em sua mãe a produção do hormônio dopamina que, quando liberado, provoca sensação de prazer e motivação.

“O odor exalado pelo recém-nascido ativa no cérebro das mães a área referente a recompensas. Esses circuitos podem ser especialmente ativados em situações de muita fome ou até mesmo de vício, entre um usuário e a droga", afirma Johannes Frasnelli, um dos autores da pesquisa.

Para descobrir os efeitos do cheiro do bebê nas mães e entender por que ele é considerado tão gostoso, os cientistas formou dois grupos de 15 mulheres cada.

O primeiro era composto apenas por mulheres sem filhos, enquanto o segundo abrigava mães que haviam dado à luz há, no máximo, um mês e meio.

As mulheres usavam um aparelho que media o olfato e eram orientadas a experimentar vários aromas, incluindo o de pijamas usados por bebês durante dois dias.

Medições feitas por ressonância magnética mostraram que o grupo formado por mães registrou, além de picos na produção de dopamina, maiores atividades cerebrais ligada à área de recompensas do que no grupo composto por mulheres sem filhos.

O trabalho científico também indica que o cheiro dos recém-nascidos desempenha papel importante no desenvolvimento de respostas motivacionais e emocionais entre mãe e filho. O odor do bebê, portanto, incentivaria funções de cuidados maternos, como amamentação e proteção.

O vínculo entre mãe e filho é essencial para a sobrevivência do recém-nascido e faz parte da evolução da espécie, através da seleção natural.

Ciência e maternidade

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