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USP desenvolve microagulhas para levar remédio diretamente a tumor de câncer de pele

Publicado 18 Dez 2020 – 10:08 AM EST | Atualizado 18 Dez 2020 – 10:08 AM EST
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Uma nova forma de combater o câncer de pele, por meio de microagulhas, foi desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, em colaboração com a Queen’s University of Belfast, do Reino Unido.

Tratamento com microagulhas contra câncer de pele

A terapia consiste em utilizar microagulhas dissolúveis que, aplicadas diretamente sobre o tumor, levam remédios para combater a doença via Terapia Fotodinâmica (TFD).

De acordo com comunicado da instituição, a inovação é composta de um arranjo que contém 361 microagulhas, em formato de pirâmide, com 0,5 milímetro (mm) de altura.

Durante a aplicação, o pequeno dispositivo é posicionado na superfície do tumor e pressionado por 30 segundos. O arranjo permanece inserido no tumor para que as microagulhas se dissolvam por uma hora, liberando o medicamento. A partir de então, a região é iluminada, dando início ao processo de terapia fotodinâmica.

O novo procedimento com microagulhas foi testado em modelos animais e os resultados obtidos nos experimentos com camundongos foram superiores aos apresentados nas aplicações tópicas, que normalmente são feitas com creme.

Segundo Michelle Barreto Requena, autora do estudo, o medicamento foi disponibilizado de forma mais homogênea e em maiores profundidades nos tumores por meio das microagulhas. Além disso, as concentrações dos fármacos foram quatro vezes menores do que as utilizadas em cremes.

O câncer de pele representa 30% dos diagnósticos de câncer no Brasil e é resultado do crescimento desigual e descontrolado das células que compõem os tecidos desse órgão.

Esse tipo de câncer pode ser identificado por meio de uma pinta ou mancha específica, mas nem sempre é fácil diferenciar.

Existem vários tipos de câncer de pele e os tratamentos também são variados. Caso o médico identifique alguma anomalia, será necessário avaliar se o tumor é benigno ou maligno. Sendo benigno o tratamento pode ser cirúrgico com remoção e sutura simples, eletro-curetagem ou criocirurgia.

No caso de tumor de pele maligno, a cirurgia é a principal forma de tratamento. Em situações especiais também poderá ser utilizada a radioterapia, a imunoterapia e a quimioterapia.

O que você precisa saber sobre câncer de pele

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