Peixe-zebra está ajudando cientistas a entender como olhos humanos funcionam
O peixe-zebra, que tem essa definição por causa de suas listras no corpo, é capaz de usar um único fotorreceptor para identificar suas pequenas presas. A descoberta, feita por pesquisadores da Universidade de Sussex, pode ajudar a revelar detalhes de como os olhos humanos funcionam.
Estudo com peixe pode explicar como olhos humanos funcionam
Em um artigo publicado na revista Neuron, os cientistas apontam que a "visão de pixel único", descoberta nos peixes, pode ajudar a entender como os humanos são capazes de detectar pequenos detalhes em seu ambiente, como estrelas no céu, por exemplo.
De acordo com Tom Baden, professor de neurociência e líder do estudo, o peixe-zebra tem o que é conhecido como "zona aguda" em seus olhos, que é basicamente um precursor evolutivo da fóvea que temos na retina. Na zona aguda do peixe-zebra e na fóvea humana a acuidade visual é mais alta.
"Por causa dessa semelhança, o peixe-zebra é realmente um bom modelo para nos ajudar a entender como o olho humano pode funcionar”, afirma o pesquisador. Descobrimos que, nessa zona aguda, o peixe-zebra usa fotorreceptores únicos para localizar suas presas minúsculas, o equivalente a ver uma estrela no céu.
Esses fotorreceptores são parecidos com pixels, mas especificamente ajustados para serem sensíveis a estímulos semelhantes a presas. É possível que primatas e, portanto, humanos também usem truques semelhantes para melhorar a própria visão foveal.
As semelhanças entre a zona aguda do peixe-zebra e nossa própria fóvea deram aos pesquisadores um modelo para investigar melhor como nossos olhos funcionam e como somos capazes de ver com tantos detalhes.
Os cientistas agora pretendem descobrir como manipular funções visuais na zona aguda do peixe-zebra para ver como isso afeta o senso de visão. Como esses tipos de testes não são possíveis em seres humanos, a realização em peixes fornecerá novas ideias sobre a função e disfunção da visão de extrema acuidade espacial.
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