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Por que fauna marinha de ilhas chilenas é tão singular e precisa ser preservada?

Publicado 23 Mar 2018 – 06:00 AM EDT | Atualizado 23 Mar 2018 – 06:00 AM EDT
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Das três ilhas que formam o arquipélago Juan Fernandez, no Chile, a de Robinson Crusoe, título do romance escrito pelo inglês Daniel Defoe no século 18, seja talvez a mais conhecida justamente por seu nome.

Mas o local, também formado pelas ilhas Santa Clara e Alejandro Selkirk, não se resume à história: segundo pesquisadores, por conta de sua localização, o arquipélago tem a "fauna de peixes mais singular do mundo".

Arquipélago Juan Fernandez, no Chile: fauna marinha

A 600 quilômetros de Valparaíso, o Arquipélago Juan Fernandez é um profundo e imenso habitat de espécies marinhas raras e também de uma vasta variedade de plantas.

Parte da fauna está protegida pelo Parque Nacional de Juan Fernández, que abrange 93 metros quadrados das ilhas, tão isoladas quanto fascinantes.

Isso porque, segundo informações da Unesco, as ilhas têm uma combinação única de espécies nativas pelo fato de apresentar animais e plantas originadas da América tropical, da região antártica, da Ásia e até da Australásia.

A biodiversidade tão peculiar do Arquipélago, que se assemelha à encontrada no Pacifico, tem uma razão: há uma barreira biogeográfica, criada pela corrente oceânica Humboldt, que passa entre as ilhas e o continente.

Daí vem o título de "fauna de peixes mais singular da Terra", como destacou o cientista Alan Friedlander, em matéria da revista National Geographic.

Espécies que só existem nas ilhas

Entre as espécies encontradas exclusivamente em Juan Fernandez, estão o lobo-marinho Juan Fernández e duas espécies de petréis (Stejneger e Juan Fernández), que são consideradas vulneráveis ao impacto humano, por sua reduzida cadeia de reprodução.

No fundo do mar, também foram catalogadas espécies raras como os peixes Pampanito (Scorpis chilensis) e Vieja (Malapterus reticulatus).

Apesar do difícil acesso, as ilhas tem apelo turístico e também atraem pescadores artesanais por conta da lagosta encontradas na ilha Selkirk a uma profundidade de 200 metros.

Por essa razão, é fundamental que se conheça e preserve os animais marinhos da ilha, como destacou o Museu de História Natural de Valparaíso.

No vídeo abaixo, são elencadas espécies como Salmão de Roca, Linguado de Juan Fernandez, peixe-pedra, Borrachila, Coral Negro, lagosta e carambola-do-mar:

Diante dessa pluralidade, moradores locais estão se mobilizando para que o Governo crie o que entidades ambientais chamam de o "maior parque marinho da América", além de lutarem pela proteção de uma área para pesca sustentável.

São cuidados com um patrimônio que, agora, precisa ser preservado a todo custo.

Curiosidades incríveis na natureza

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