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Cientistas descobriram local no cérebro onde é possível bloquear vício em nicotina

Publicado 16 Jan 2018 – 04:00 AM EST | Atualizado 14 Mar 2018 – 05:01 PM EDT
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A nicotina é considerada uma das substâncias mais viciantes que existem e, por isso, tanta gente sofre para abandonar o cigarro. Uma nova descoberta, porém, pode abrir portas para tratamentos mais eficientes para quem deseja se livrar do tabagismo.

Parar de fumar: descoberta pode ajudar

Cientistas da Universidade Rockefeller, EUA, identificaram um pequeno grupo de células cerebrais que responde especialmente à nicotina e que pode ser o principal culpado pela manutenção do vício da substância.

Ao ajustar os neurônios descobertos em cérebros de ratos, os pesquisadores conseguiram bloquear o vício de nicotina nos animais. Os resultados foram apresentados pela publicação Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

O estudo se concentrou em duas pequenas regiões localizadas no meio do cérebro que, além de possivelmente estarem envolvidas na dependência de drogas, também abrigam os receptores que a nicotina usa para entrar na corrente sanguínea.

Normalmente, quando o cérebro recebe uma “dose” de nicotina, os receptores trabalham para diminuir os efeitos prazerosos da droga, limitando assim sua ingestão. No entanto, uma das características do vício na substância é perder a sensibilidade para a droga e, assim, fazer com que o indivíduo sinta a necessidade de fumar mais.

Os ratos que haviam bebido água com nicotina por seis semanas apresentaram alteração em um grupo de neurônios que os pesquisadores denominaram de Amigo1. Após a realização de testes em laboratório foi possível observar que os animais que tiveram esses neurônios silenciados pelos estudiosos conseguiam conter o vício da nicotina.

Os trabalhos científicos, até agora, foram feitos apenas com animais, mas os pesquisadores afirmam que, como compartilhamos estruturas cerebrais semelhantes com os camundongos, a descoberta pode ajudar na compreensão do vício em humanos e, consequentemente, abrir portas para novos tratamentos contra dependência.

Curiosidades científicas sobre o cérebro

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