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Isso é o que faz você ter um déjà vu, de acordo com a ciência

Publicado 27 Dez 2017 – 04:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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A sensação de familiaridade e repetição de fatos quandom na realidade, estamos em um lugar novo, em uma situação inédita, ou seja, o famoso déjà vu, é uma das experiências mais estranhas que passamos na vida. Intrigante, o fenômeno sempre confundiu até mesmo psicólogos e cientistas.

Diversas teorias já foram apresentadas sobre o tema, mas a dificuldade em realizar experiências práticas em laboratório atrapalhava a compreensão da sensação. Um dos estudos mais recentes sobre o déjà vu, no entanto, joga uma nova luz no assunto.

Ciência explica por que temos déjà vu

De acordo com um trabalho científico liderado pelo psicólogo Akira O'Connor, ao contrário do que se imaginava anteriormente, não são falsas recordações as responsáveis pelo déjà vu, mas sim uma espécie de mecanismo do cérebro que verifica sua memória.

Os pesquisadores analisaram, através de ressonância magnética, o cérebro de 21 voluntários enquanto faziam um teste comum para desencadear memórias falsas. Para isso, forneciam uma lista de palavras relacionadas, como cama, noite, soneca e cochilo.

Então, quando a pessoa era questionada sobre as palavras, ela tendia a citar outras ligadas ao que ouviram - neste caso, seria "dormir".

Para tentar criar o sentimento de déjà vu, os pesquisadores perguntaram se os voluntários haviam escutado qualquer palavra que começasse com “d”, no que eles responderam que não. Mas quando eram questionados especificamente sobre a palavra "dormir", eles conseguiam se lembrar que poderiam não ter ouvido a palavra, mas se sentiam familiarizados.

A equipe esperava que as áreas do cérebro associadas à memória - como o hipocampo - se iluminassem na ressonância, algo que não aconteceu. Em vez disso, as áreas envolvidas na tomada de decisões se mostraram ativas.

"As regiões cerebrais associadas ao conflito de memória, ao invés de falsas memórias, parecem estar dirigindo a experiência do déjà vu", afirmou o líder do estudo. O fato é consistente com a ideia de que o fenômeno serviria para corrigir discrepâncias nos sinais de memória.

É por isso, possivelmente, que o déjà vu seja mais comum entre pessoas de 15 a 25 anos e tente a diminuir com o avanço da idade. A ocorrência, portanto, não seria uma falha de memória, mas sim uma prevenção de um erro, explicou o psicólogo.

Ciência e corpo humano

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