Análise de ossos mostra que mulheres pré-históricas eram absurdamente fortes
Se hoje falamos da força da mulher principalmente sob perspectivas sociais, a definição poderia também ser estendida a aspectos físicos, quando focamos nos nossos antepassados. Isso porque, segundo um recente estudo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, mulheres pré-históricas tinham braços mais fortes que os das campeãs de remo dos dias de hoje.
Trabalhos manuais deixavam mulheres pré-histórias fortes
Ao estudar a história dos trabalhos manuais feitos por mulheres ao longo de milênios, os cientistas puderam notar através de análises de ossos que as exigências físicas para as pré-históricas eram grandes, possivelmente pela função de moer grãos durante horas, delegada a elas.
Para o trabalho científico, foram feitas comparações com scanners que verificaram ossos dos braços e das pernas de diferentes tipos de mulheres, do período pré-histórico aos dias atuais. Amostras de atletas profissionais que correm, remam e jogam futebol e de mulheres mais sedentárias foram incluídas nas análises.
Os pesquisadores puderam notar, então, que a estrutura óssea das atletas é semelhante à de mulheres que viveram entre o período da era neolítica, há 7 mil anos, e de comunidades agrícolas da Idade Média.
A estrutura óssea das pernas, de acordo com a pesquisa, era bastante similar entre as mulheres, mas os ossos dos braços eram até 16% mais fortes se comparados aos das remadoras analisadas no levantamento.
Os cientistas acreditam que a força absurda das mulheres pré-histórias é resultado da utilização de pedras para moer grãos, já que a atividade consiste na movimentação sequencial, repetitiva e circular, parecida com a realizada por remadores.
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