Como erupções vulcânicas ajudaram a derrubar o Egito Antigo?
Erupções vulcânicas ocorridas nos séculos 3 e 1 a.C. foram parcialmente responsáveis pela queda do Egito Antigo ao causarem uma sucessão de fatos, como perdas nas colheitas, revoltas e retirada de exércitos egípcios do campo de batalha, segundo um estudo publicado pela revista científica Nature.
Vulcões contribuíram para queda do Egito Antigo
De acordo com os autores da pesquisa, a ação de vulcões pode ter tido importante papel na derrubada do império ptolemaico, iniciado em 305 a.C., pouco depois da morte de Alexandre, o Grande, e que chegou ao fim em 30 a.C., com o suicídio de Cleópatra.
O período ptolemaico prosperou basicamente alimentado pelo rio Nilo, que criava um sistema rico de canais e barragens que armazenava a água e favorecia os campos de grãos. Quando as cheias eram boas, a região era caracterizada por uma das maiores produções agrícola do mundo antigo.
Baseados em modelos climáticos e escritos egípcios antigos, os cientistas de Yale conseguiram criar uma espécie de linha narrativa que mostrou uma relação entre os problemas enfrentados pelo império na época com grandes erupções vulcânicas em todo o mundo.
O abandono de uma campanha militar contra o Império Selêucida, então inimigo de Ptolomeu 3º, em 245 a.C., gerou uma reviravolta que mudaria a história do Oriente Médio. Registros históricos ainda mostraram que a escassez de alimentos devido à cheia insuficiente do Nilo, assim como revoltas violentas, provocou fome, doenças e agitação social que atingiram o governo em suas duas últimas décadas.
Os pesquisadores observaram então que os períodos turbulentos coincidiram com grandes erupções vulcânicas que, apesar de não terem causados as revoltas sociais por si só, contribuíram para as tensões econômicas, políticas e étnicas que resultariam na derrubada do Egito Antigo.
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