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Cientistas descobrem como relógio biológico funciona e fazem alerta sobre nossa rotina

Publicado 12 Nov 2017 – 02:00 PM EST | Atualizado 15 Mar 2018 – 11:36 AM EDT
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Popularmente conhecido como relógio biológico, os ritmos circadianos são controlados por mecanismos moleculares e regulam o metabolismo de animais, plantas e seres humanos para que ocorra uma espécie de sincronia entre os sistemas e os horários do dia.

O relógio interno dos seres vivos é capaz de adaptar, com bastante exatidão, a fisiologia às diferentes fases do dia. Ele é o responsável por regular funções fundamentais, como metabolismo, sono, temperatura do corpo, níveis hormonais, sono e até comportamentos.

Como funciona nosso relógio biológico

Jeffrey Hall, Michael Rosbash e Michael Young, cientistas norte-americanos vencedores do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2017, foram premiados justamente por descobrirem algo que pesquisadores buscavam entender há décadas: como funciona esse relógio biológico e a importância dele para a saúde.

Para o estudo, o trio de cientistas isolaram um gene único que controla o ritmo diário do organismo de moscas de frutas, usado como modelo no experimento. O gene, de acordo com o trabalho, codifica uma proteína que se acumula nas células no período noturno e, durante o dia, passa a ser degradada.

Alerta: descompasso entre relógios interno e externo 

Algum tempo depois foram também identificados outros componentes de proteínas que faziam parte do mecanismo de regulação do relógio interno presente dentro de cada célula, mostrando que ele produz uma adaptação ao tempo da natureza, que nem sempre corresponde ao chamado “tempo social”.

O tempo social, segundo os pesquisadores, é aquele determinado pelas horas e não pelo tempo do dia e da noite, regido pela natureza. E tal descompasso observado levou à compreensão de que devemos ficar alerta ao nosso ritmo para evitar problemas de saúde.

A falta de sincronia entre o tempo biológico e o tempo social, de acordo com dados obtidos pelo estudo, pode estar diretamente associada até mesmo a condições graves, como desenvolvimento de cânceres e doenças psiquiátricas, por exemplo.

O próximo passo dos pesquisadores é tentar descobrir como as variações nos genes em diversas populações humanas estão ligadas a padrões de sono e vigília e, assim, estudar novas áreas de atuação para a medicina preventiva.

Ciência e corpo humano

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