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Furacão Ophelia se formou de um jeito bem diferente (e agora chega à Europa!)

Publicado 16 Out 2017 – 03:49 PM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 01:40 PM EDT
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A aproximação do fim da temporada de furacões na América do Norte não significa que os fenômenos devam cessar. E o furacão Ophelia é prova disso. Originalmente classificada como tempestade tropical, como informou a Agência Espacial Europeia, ela ganhou força em um ponto incomum do oceano e chegou à categoria de furacão, atingindo não os Estados Unidos ou as ilhas do Golfo do México, mas a Europa, especificamente a Irlanda.

Mesmo tendo chegado à costa europeia já de volta à tempestade tropical, o fenômeno tomou um rumo fora do normal e teve força suficiente para as autoridades irlandesas emitirem um alerta vermelho solicitando total precaução da população. Ventos "violentos e destrutivos" de até 150 quilômetros por hora atingiram a Irlanda.

Mas o que torna Ophelia uma tempestade tão incomum assim?

Furacão Ophelia é incomum pois se formou em águas frias

Geralmente, os furacões nascem mais ao sul do oceano Atlântico, perto da costa do continente africano, e se descolocam para as Américas. Como furacões precisam de água morna ou quente para se manterem ativos, eles acabam enfraquecendo ao encontrarem as águas geladas do Atlântico Norte.

O Ophelia, no entanto, encontrou condições para "sobreviver" mesmo nascendo mais ao norte e mantendo sua trajetória em "subida". Essas características não chegam a ser raras, mas tampouco são comuns.

De acordo com especialistas irlandeses, que estudam o fenômeno mais de perto, o trajeto incomum do furacão incluiu um deslocamento pequeno em direção aos EUA (oeste) e, em seguida, ao norte, como noticiou o  jornal local The Irish Times.  

Por ter se formado já mais ao norte, o fenômeno manteve seu deslocamento nessa região e não atingiu as Américas, como de costume, mas sim a Europa.

Condições que permitiram nascimento do furacão

De acordo como site científico Popular Science, o que fez o furacão ganhar força no local incomum foi um sistema de baixa pressão que se estabilizou no meio do oceano. Lentamente, esse sistema foi desenvolvendo características tropicais propícias para a formação de uma tempestade e consequente furacão.

Lembra que essa região tem águas muito geladas para servirem de combustível aos ventos fortes? O que ocorreu é que o próprio sistema arrumou uma forma de compensar isso: o ar instável subiu rapidamente para a atmosfera e alimentou a tempestade, uma movimentação auxiliada pelo "gradiente de temperatura acentuado".

Ou seja: altas temperaturas nos níveis inferior e superior da atmosfera compensaram os níveis baixos de temperatura do oceano. Isso ajudou na intensa movimentação dos ventos na região, um sistema que se alimentou a ponto de formar o furacão Ophelia.

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