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Adesivo com microinjeções faz com que a gordura do corpo ajude a emagrecer: como?

Publicado 21 Set 2017 – 04:58 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Não é feitiçaria, é Ciência. Pesquisadores da Universidade Columbia desenvolveram um adesivo para pele com injeções bem pequenininhas que transformam a gordura do corpo, aceleram o metabolismo e ainda podem ser usadas para tratamento de diabetes e obesidade.

Por enquanto, os benefícios desse minúsculo, porém eficiente, produto só foram testados em camundongos. Mas os estudiosos acreditam que ele poderá ser aplicado na gordura localizada dos humanos – agindo no corpinho, portanto, de uma forma menos trabalhosa do que exercícios físicos e menos impactante do que medicamentos que têm efeitos colaterais físicos mais sérios (e também psicológicos).

Adesivo para queimar gordura do corpo

Os pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Columbia (CUMC) e da Universidade da Carolina do Norte estudaram a aplicação de dois medicamentos no processo de transformação da gordura branca do corpo (aquela que cria barriga saliente e pneuzinhos) em gordura marrom, feita com células programadas para queimar gordura.

Para isso, aplicaram nos ratinhos uma quantidade de receptores beta-adrenérgicos conhecidos pelo poder termogênico e rosiglitazona, um componente que reduz a glicose sanguínea em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Detalhe: seu uso ainda é avaliado pela entidade sanitária dos Estados Unidos e ele é proibido no Brasil e na Europa, devido a risco cardiovascular nos pacientes.

Efeitos no tecido adiposo

Acontece que a pesquisa mostrou que o adesivo, que tem pequenas quantidades dos medicamentos em nanopartículas, age diretamente no tecido adiposo transformando a gordura e acelerando o metabolismo. A ação local promete uma redução dos efeitos colaterais. 

“As nanopartículas foram projetadas para manter efetivamente a droga e, em seguida, gradualmente colapsaram, liberando-a em tecido de forma contínua, em vez de espalhar a droga em todo o corpo rapidamente”, disse o desenvolvedor do adesivo e co-líder do estudo Zhen Gu, professor PhD associado de engenharia biomédica conjunta na Universidade da Carolina do Norte.

Resultados

O teste foi feito em camundongos obesos: alguns deles receberam o adesivo com medicamentos e outros com as nanopartículas vazias. O produto foi colado no abdômen deles a cada três dias, por um mês. 

Os ratos tratados com qualquer um dos dois medicamentos apresentaram uma redução de 20% na gordura no lado tratado em comparação com o lado não tratado.

Mais um resultado surpreendente: eles também apresentaram níveis significativamente mais baixos de glicose no sangue do que os ratos não tratados.

O consumo de oxigênio dos animais (uma medida da atividade metabólica geral) ainda aumentou em cerca de 20% em comparação com os que não receberam nada no organismo.

O adesivo ainda não foi testado em seres humanos. O estudo foi publicado no ACS Nano, da American Chemical Society.

De onde vem e para onde vai a gordura

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