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6 feitos incríveis de Peggy Whitson no espaço a tornaram a maior astronauta da Nasa

Publicado 19 Set 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 02:28 PM EDT
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Peggy Whitson é uma heroína e está de volta à Terra depois de fazer história e quebrar recordes no espaço. Sua última missão dentro da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) começou em novembro de 2016 e teve fim em setembro de 2017.

Como essa não foi a primeira vez que a bioquímica de 57 anos esteve na ISS, o trabalho lá em cima garantiu uma série de recordes para sua carreira. O mais notável é ser a americana que passou mais tempo no espaço.

Recordes e feitos de Peggy Whitson no espaço

  • Astronauta norte-americana que mais tempo passou no espaço: 665 dias somando as três missões de sua carreira
  • Primeira mulher a comandar a ISS. Por duas vezes, aliás
  • Em uma dessas vezes, ela se tornou a primeira pessoa da Nasa a comandar a Estação Espacial na história
  • Ela é a mulher que passou o período mais longo em órbita durante um único voo espacial, que durou 288 dias
  • No total, a astronauta percorreu 196,7 milhões de quilômetros
  • Com a ISS, ela percorreu a órbita da Terra 4.623 vezes

Whitson desbancou o antigo dono do título norte-americano de maior tempo no espaço, o astronauta da Nasa Jeffrey Williams, que acumulou 534 dias fora da Tarra. Na humanidade, só há uma pessoa que ficou em órbita por mais tempo que Peggy. o astronauta russo Gennady Padalka, com 878 dias no espaço.

Rotina de Peggy no espaço

Células-tronco e horta 

Em sua última missão, Whitson realizou experimentos com células-tronco humanas e amostras de sangue. Isso porque uma das preocupações das agências espaciais é estudar os efeitos da falta de gravidade no corpo humano. A ideia foi extrapolar um pouco esse conceito para células também.

No vídeo acima, ela diz estar trocando o meio de cultura das células-tronco. Basicamente, esse é o nome dado ao fluido no qual os processos de cultivo e armazenamento das células acontece, e precisa ser mudado periodicamente.

"Há células-tronco humanas (células cardiovasculares precoces) naquela pequena câmara retangular. A parte clara é uma fina película de plástico especial que mantém o líquido preso, mas permite que o ar entre e as células respirem", explicou quando postou o mesmo vídeo no Facebook, dizendo que o fluido rosa se trata do tal meio de cultura.

Análise de sangue na gravidade zero

Analisar amostras de sangue em condições de gravidade zero também foi uma das tarefas da astronauta. Na verdade, a coleta e cultivo fazem parte de uma série de experimentos de fisiologia no espaço, como é explicado, em inglês,  nesse vídeo da ESA, a agência espacial europeia.

Parte do tempo dos astronautas em órbita é usado nesse tipo de experimento. Após coletarem amostras de sangue, o material precisa ser armazenado e congelado em um dos refrigeradores da ISS, como ela faz na foto postada.

Exercícios físicos no espaço

Passar um tempo vivendo sem gravidade pode gerar problemas ósseos e de circulação do sangue quando astronautas retornam à Terra.

Para se ter uma ideia, segundo a própria Nasa, astronautas podem perder 15% de massa muscular sem atividade física durante o período no espaço. E parte dessa perda pode ser definitiva.

Uma das maneiras de amenizar isso é manter atividades físicas constantes, mesmo no espaço. No vídeo, Peggy mostra o Dispositivo Avançado de Exercício, Ared na sigla em inglês - uma máquina versátil projetada para conter várias modalidades de atividade sem gravidade. "E sabe qual a melhor parte de se exercitar no espaço? A vista", declara a astronauta no fim do vídeo.

Reparos e manutenção da ISS

Não é porque a Estação Espacial Internacional foi projetada pelas agências com mais tecnologia do mundo que ela não dá defeitos ou precisa de manutenção.

Constantemente, os astronautas precisam fazer excursões para reparos na ISS. Por exemplo: em um "esforço incrível", como relatado pela astronauta, foi preciso remover e substituir um computador que ficava na parte externa da estação.

A dificuldade é que a equipe teve de fazer isso no espaço, óbvio, e ainda tendo de cumprir um atraso causado pelo problema.

Planta espacial

Talvez um dos experimentos mais divertidos tenha sido a horta no espaço. Na verdade, Peggy precisou plantar e cultivar mudas de couve chinesa. O intuito é o mesmo das outras pesquisas - estudar os efeitos do espaço e falta de gravidade no crescimento de plantas.

Os resultados são enviados para um centro de pesquisas que funciona dentro da agência norte-americana, chamado Nasa Village. "A melhor parte é que, depois da parte da ciência, a gente pode comer o resto!", brincou a astronauta em seu Facebook

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