Chuva de diamantes é um acontecimento comum em Urano e Netuno, mas recentemente o fenômeno aconteceu aqui mesmo na Terra, dentro de um laboratório. De acordo com um estudo apresentado pela publicação científica Nature Astronomy, pesquisadores foram capazes de recriar artificialmente o fato que acontece nas camadas mais profundas dos planetas.
Chuva de diamantes é recriada em laboratório
Para criar a chuva de diamantes, cientistas do laboratório Helmholtz-Zentrum Dresden-Rossendorf, na Alemanha, usaram amostras de plástico e laser potente para fazer uma simulação das condições atmosféricas de Urano e Netuno e produzir os minúsculos diamantes de nanômetros de largura.

O experimento fez com que praticamente todos os átomos de carbono de plástico utilizados se incorporassem em estruturas de diamantes.
No caso dos nossos planetas vizinhos gigantes, os diamantes poderiam chegar a milhões de quilates e seriam produzidos a partir da pressão e da alta temperatura internas sobre o carbono e o hidrogênio.
Em um comunicado à imprensa, os condutores do trabalho científico afirmaram que, apesar de experimentos anteriores terem sinalizado para a possibilidade, esta foi a primeira vez que o fenômeno pôde, de fato, ser observado.

De acordo com os pesquisadores, o estudo talvez possa contribuir para a produção de diamantes na Terra, especialmente os artificiais, que seriam bem mais facilmente desenvolvidos com lasers em vez de explosivos, como acontece atualmente.
O experimento também foi considerado significativo por ter ampliado a compreensão da importância de realizar testes em laboratórios que simulem planetas distantes, complementando estudos feitos por observações, através de telescópios e satélites.
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