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Céus de outros planetas são muito diferentes do nosso: da escuridão total a Sol imenso

Publicado 29 Dez 2017 – 04:00 AM EST | Atualizado 15 Mar 2018 – 03:04 PM EDT
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A luz que ilumina todo nosso sistema estelar é, claro, a do Sol. No centro do Sistema Solar, esta gigantesca bola de fogo emana luminosidade a ponto de brilhar forte no céu de todos os oito planetas (mais o planeta-anão Plutão) do Sistema Solar. Mas  em cada um deles o Sol aparece em diferentes tamanhos e até cores.

Céus de outros planetas do Sistema Solar: como são?

Mercúrio

O planeta mais próximo ao Sol é, curiosamente, aquele cujo céu é mais escuro. Como Mercúrio não tem atmosfera (ou tem muito pouca presença de gases), a luz do Sol não se dissipa.

O resultado: o céu é escuro como o visto da Lua, a não ser pelo intenso brilho do Sol. A estrela brilha seis vezes mais lá do que na Terra, e seu diâmetro visível é 2,5 vezes maior.

Vênus

Ao contrário de Mercúrio, Vênus tem uma atmosfera extremamente densa, composta até de nuvens de ácidos, como o sulfúrico.

Quando recebe a luz do Sol, esta camada grossa de gases e ácidos dissipa por completo a imagem redondinha da estrela e o que se vê é um céu nublado de laranja claro e opaco.

Caso o Sol pudesse ser visto em Vênus, seu roteiro no céu começaria no oeste e iria até o leste - sua rotação é retrógrada, oposta à da Terra - e duraria por 116 dias - a rotação é também 116 vezes mais lenta que a do nosso planeta.

Marte

O planeta vermelho tem o céu vermelho. Parece simples, mas não é bem assim. Há fotos capturadas por sondas espaciais em Marte e todas elas mostram predominância da luz vermelha suave no céu, mas isso não significa que ele é exatamente avermelhado: o ajuste de cor das máquinas pode ter um tom levemente mais encarnado do que a realidade.

Astrônomos hoje aceitam a hipótese de que a coloração do céu marciano varie entre o vermelho-leitoso e um tom caramelo.

Isto ocorre devido a composição de gases no planeta. “Em Marte, a atmosfera é repleta de gás carbônico e isso faz com que, durante o dia, o céu seja avermelhado em tom leitoso”, explica o professor Roberto Costa, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo em entrevista ao VIX.

 Quando o Sol nasce ou se põe, o céu fica rosa e o entorno da estrela, azul - o contrário do que vemos na Terra.

Júpiter

Júpiter é um planeta gasoso, ou seja, tem um núcleo rochoso e o restante é pura atmosfera. Se a posição do espectador fosse o núcleo do planeta, o céu seria uma mistura de nuvens de diversas cores, como amarelo escuro (a mais comum), laranja, vermelho e marrom - quanto mais escuras, mais carregadas as nuvens estão.

Se o ponto de observação fosse a camada final de gases densos, o céu provavelmente seria azul, como o da Terra, mas com muito menos presença de Sol: seu tamanho seria 25% menor que aqui e seu brilho 27 vezes menos intenso.

Saturno

Assim como Júpiter, Saturno é um planeta gasoso, mas com nuvens menos carregadas que o vizinho. Por isso, o céu por lá deve ser majoritariamente amarelo, em tons esbranquiçados, embora no hemisfério norte tenha sido observada uma alta concentração de hidrogênio, um tipo de gás que geralmente dissipa a cor azul.

Saturno tem uma especificidade própria: o enorme anel que o circunda. Este anel é tão fino, que da “linha do Equador” de Saturno ele é quase imperceptível, mas de qualquer outro lugar do planeta ele é visto - e forma uma paisagem espetacular.

Urano

Além de hélio e hidrogênio, a atmosfera de Urano é repleta do gás metano. Isso significa que a luz do Sol é espalhada pelo céu deste planeta em tons azul, mais próximo da cor ciano - um azul mais claro e brilhoso.

Como a distância para o Sol é enorme, não deve ser tão brilhoso assim. Urano tem um conjunto de anéis que o rodeia, mas em seu caso é improvável que ele possa ser visto da superfície - são anéis mais finos e mais escuros.

Netuno

A composição da atmosfera de Netuno é similar à de Urano, mas como é ainda mais distante do Sol, o céu deste planeta provavelmente assume uma coloração de azul mais escura.

Plutão (planeta-anão)

Muito distante do centro do Sistema Solar (entre 4,4 bilhões km e 7,3 bilhões km; a Terra tem 149,6 milhões km), Plutão tem um céu que é praticamente uma escuridão com pontos brilhantes - como as estrelas que vemos da Terra - e uma grande Lua.

No caso do planeta-anão, a Lua é o Sol: é um pequeno ponto no céu cuja luz é equivalente a 150 a 450 vezes a luminosidade da Lua na Terra.

Por que o céu é azul na Terra?

No caso da Terra, devido à presença de diversos gases na atmosfera (sobretudo nitrogênio, 78%, e oxigênio, 21%), a luz solar reage e as ondas de cor azulada se dissipam. Então, este céu azul lindo que você vê todos os dias é resultado da não absorção de ondas de vibração azulada pelos gases da atmosfera, que as espalham por todo planeta.

“A atmosfera deixa passar mais a cor vermelha e espalha mais a azul. O céu é azul devido às moléculas dos gases da nossa atmosfera. O Sol tem sempre as mesmas cores”, explica o professor Roberto Costa,

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