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Cientistas acabam de criar comida usando eletricidade: 50% proteína, 25% carboidrato

Publicado 31 Jul 2017 – 12:30 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Pesquisadores finlandeses conseguiram produzir uma comida sintética utilizando energia elétrica. Trata-se de um alimento em forma de pó constituído por mais de 50% de proteínas, 25% de carboidratos e o restante de gorduras e ácidos nucleicos.

O projeto chamado  Food From Electricity ("comida a partir de eletricidade", em tradução livre), é uma colaboração entre um centro de pesquisas chamado VTT e a Universidade de Tecnologia de Lappeenranta (LUT). Segundo  comunicado divulgado pela universidade, "a proteína pode ser produzida em qualquer lugar em que uma fonte de energia renovável, como a solar, esteja disponível".

Como o reator produz comida através de eletricidade

A equipe da LUT criou um bio-reator que necessita de eletricidade, água, dióxido de carbono e micróbios.

Essas matérias-primas passam por um processo de eletrólise e isso cria o pó rico em proteínas para ser usado como alimentação - ou seja, dentro do reator, uma corrente elétrica passa pelos ingredientes e isso forma a proteína.

Por enquanto, os cientistas finlandeses estão sofrendo problemas para conseguir comercializar a máquina. Embora ela funcione muito bem, demora cerca de duas semanas para produzir um grama do alimento. Um dos cientistas responsáveis declarou ao site Futurism que uma versão em grande escala comercial do sistema pode ser viável em até uma década.

Benefícios do processo

De acordo com os pesquisadores, "o método libera a produção de alimentos de restrições relacionadas ao meio ambiente".

"No futuro, a tecnologia pode ser transportada para, por exemplo, desertos e outras áreas que enfrentam fome. Uma alternativa possível é um reator doméstico, um tipo de aparelho que o consumidor pode usar para produzir a proteína necessária", explica no comunicado da universidade Juha-Pekka Pitkänen, cientista do centro de pesquisa finlandês.

Ele e seu parceiro Jero Ahola, professor da LUT, afirmam que o processo evita impactos ambientais com vazamento em sistemas hídricos ou formação de gases com efeito estufa porque "o método não requer substâncias de controle de pragas".

Outro uso adequado da comida por eletricidade pode ser na ração animal. Segundo os inventores, grandes áreas usadas hoje para pasto poderiam ser utilizadas de outras formas mais proveitosas se os animais tivessem como opção de alimento a proteína criada a partir do processo.

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