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Bocejo contagioso: por que abrimos a boca quando vemos alguém fazer o mesmo?

Publicado 11 Jul 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Basta alguém por perto abrir a boca que lá vai você também bocejar? Não é uma simples coincidência, tampouco um ato feito de propósito: a ciência explica por que bocejar é contagioso

Por que bocejo é contagioso?

Essa ainda é uma pergunta sem resposta consensual na ciência. Há duas hipóteses principais para explicar o porquê de bocejarmos assim que vemos alguém o fazer - e, na verdade, simplesmente ler a palavra bocejo já pode gerar a vontade. Por exemplo, agora, enquanto lê este texto.

Causa do bocejo em si ainda é motivo de debate a comunidade científica. Para alguns, mesmo após 200 anos de investigação, as respostas ainda são inconclusivas. Para outros, é uma reação fisiológica para aumentar o fluxo de oxigênio no corpo e, principalmente, no cérebro.

Ao bocejo contagioso, é ainda mais difícil de dar uma resposta certeira, mas vejamos as duas principais hipóteses.

Teoria evolucionária

O bocejo pode ser muito mais do que uma expressão de sono, segundo esta teoria. Ele seria, na verdade, uma das formas mais primitivas de comunicação entre animais da mesma espécie - afinal, cães, felinos e outros primatas também o fazem.

Ou seja, o fato de sentirmos vontade de bocejar assim que vemos outro humano fazê-lo seria uma reação cravada em nossos genes para garantir nossa capacidade de se relacionar. Mais que isso, uma forma de manutenção da sobrevivência: seria um alerta contra perigos do ambiente, como os predadores.

Teoria fisiológica

Neste caso, o segredo está todo no cérebro. Mais precisamente no córtex pré-motor, região neural onde se localizam os neurônios-espelhos. Como o nome faz supor, estes neurônios têm a função de repetir tudo que o corpo percebe. Isso significa que eles são muito importantes, porque é assim que aprendemos a andar e falar, por exemplo.

Na verdade, imitaríamos tudo, não houvesse outras áreas do cérebro para impedir. Contudo, quando recebemos o estímulo do bocejo, ativamos mais duas áreas, a amígdala e o hipotálamo - e quando ambos são acionados, não dá mais para parar.

De boca aberta

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