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Como assim? Cientistas descobrem que nosso cérebro trabalha em 11 dimensões

Publicado 6 Jul 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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Por possuir complexos mecanismos e incontáveis capacidades, o cérebro humano ainda é fonte de mistérios para a ciência. Uma recente descoberta chamou atenção da comunidade científica ao revelar que ele trabalha em 11 dimensões.

Oficialmente, os físicos confirmam a existência de quatro dimensões essenciais para descrever fenômenos observados. São elas: comprimento, largura, altura e tempo.

Mas, de acordo com uma  pesquisa que combinou neurociência com matemática, nosso cérebro cria estruturas neurais com até 11 dimensões quando processa informações. As tais "dimensões", no entanto, são espaços matemáticos abstratos, e não outros reinos físicos, segundo os estudiosos do Blue Brain Project, responsáveis pela descoberta.

Como o cérebro processa informações

O objetivo do Blue Brain Project é criar digitalmente uma simulação "biologicamente detalhada" do cérebro humano para tentar avançar nossa compreensão do órgão, que abriga cerca de 86 bilhões de neurônios.

Para o trabalho científico, a equipe usou supercomputadores e abordagem matemática e verificou como um neocórtex digital, criado em 2015, respondia aos estímulos. Com isso, determinaram que nosso cérebro constantemente cria formas e espaços geométricos multidimensionais bastante emaranhados e de pouca clareza.

Além dos testes sobre o tecido cerebral virtual, os cientistas confirmaram os resultados obtidos fazendo os mesmos experimentos com ratos de laboratório. Quando estimulados, os neurônios virtuais se conectavam e formavam um grupo que resultava em objeto geométrico específico.

Durantes os experimentos, a grande quantidade de neurônios e os diferentes tipos de conexões foram fatores que, em alguns casos, aumentaram o número de dimensões para 11. As estruturas se organizaram em torno de um buraco de alta dimensão que os pesquisadores chamaram de "cavidade". Depois que o cérebro processou a informação, o grupo e a cavidade desapareceram.

O significado do achado, segundo os pesquisadores, permite uma maior compreensão sobre um dos mistérios fundamentais da neurociência: a ligação entre a estrutura do cérebro e a forma como ele processa determinada informação.

Mistérios do cérebro

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