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Nem enterrar, nem cremar: opção sustentável sugere dissolver corpo logo após a morte

Publicado 25 Mai 2017 – 10:52 AM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Quando as pessoas morrem, há apenas duas opções: enterrar o corpo ou cremar com fogo.

O que poucos sabem é que há ainda uma terceira opção: a cremação com água.

Conhecida como bio-cremação, cremação química, cremação ecológica e etc., este método é considerado como um dos que menos agride o meio ambiente.

Isso porque tanto o enterro como a cremação com fogo usam em excesso os recursos naturais do planeta e geram impactos ambientais sérios.

Cremação “verde”

Enterrar significa tirar quantias altas de madeira, (do caixão), algodão (do forro), pedra (da lápide), aço e concreto, por exemplo. Sem contar as substâncias químicas liberadas do corpo que contaminam o solo.

A cremação tradicional libera quilos de CO2 que podem destruir a camada de ozônio, intensificando o efeito estufa e provocando mudanças climáticas graves no planeta.

Já a cremação com água agride menos o meio ambiente porque usa uma solução alcalina, feita a partir de hidróxido de potássio, muito utilizado em produtos cosméticos comuns, que apenas acelera a decomposição do corpo quando misturada com água a altas temperaturas.

Quimicamente chamada de “hidrólise”, ela funciona como um “digestor de tecido”. O corpo é colocado em uma câmara de aço inoxidável (foto abaixo), com a água e a solução alcalina. Sob pressão e a uma temperatura de 350 °C, o resultado é uma reação que começa a dissolver a pele e os órgãos.

O corpo se transforma, então, em um pó mais fino, mais claro e em maior quantidade do que na cremação comum, e é separado da água depois por meio de uma filtração. Os ossos permanecem intactos e são secados depois em uma máquina de lavar.

O método decompõe o corpo em cerca de 2 ou 3 horas, muito mais rápido do que o enterro, por exemplo, que leva mais de 20 anos para a decomposição total.

Onde tem e quanto custa?

Esse tipo de cremação existe desde 1888, e patenteado pela clínica Mayo, nos Estados Unidos (EUA) e era usado apenas por pessoas que doavam corpos para estudos científicos.

O serviço ainda não chegou ao Brasil. Por enquanto, só alguns lugares do mundo o realizam, como o Canadá, a Austrália, e em alguns lugares dos EUA.

A funerária Bradshaw Celebration of Life Center, nos Estados Unidos, por exemplo, é uma dos estabelecimentos do mundo que executam a cremação desse tipo. O preço é praticamente o mesmo da cremação tradicional, por volta de 2.395 dólares (por volta de R$ 7840).

Depois da morte

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