null: nullpx
organismo-Mulher

Testículos: 10 coisas surpreendentes sobre eles que você provavelmente não sabia

Publicado 25 Mai 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 16 Mar 2018 – 08:35 AM EDT
Compartilhar

Os testículos, junto com útero, ovários e tudo mais, são ferramentas da natureza para assegurar a reprodução da espécie. Lá são produzidas as células que carregam o código genético de um indivíduo para sua prole - além de, como já bem sabemos, ser capaz de fecundar o óvulo e produzir a vida.

O principal agente do sistema reprodutor masculino biologicamente tem como função produzir espermatozoides para a reprodução. Contudo, eles têm muito mais características. Listamos dez coisas que você não sabia sobre eles.

Origem do termo “testículo”

O origem do termo testículo é a palavra testis, que no latim significa testemunha. E por que essa relação? Há várias hipóteses, mas a mais aceita é a de que os guerreiros e gladiadores romanos, da época do Império, faziam juramentos com a mão em seu saco escrotal - elas seriam, então, suas testemunhas.

Há outras versões. No Dicionário Morfológico da Língua Portuguesa encontra-se a interpretação de que os testis seriam "os que testemunhavam a cópula dos recém-casados para atestar o casamento consumado". E a mais curiosa é a de que, cerca de 1.300 d.C., os candidatos a Papa se sentavam em uma cadeira com um orifício onde seriam tocados para confirmar se, de fato, os testículos estavam lá para garantir que o pontífice seria homem - seriam, então, as testemunhas do papado.

Ativa fábrica de esperma

Pare e conte um segundo. Neste breve intervalo de tempo, os testículos humanos acabaram de produzir aproximadamente 1,5 mil espermatozoides ativos. Isso representa, na média, 130 milhões por dia - os mais produtivos chegam a 200 milhões em 24 horas.

Sabemos que a linha de produção do testículo é engenhosas. A ciência ainda não sabe como mapear cada passo, mas o modelo pensado de que os espermatozoides são montados como em uma fábrica já é passado - a complexidade é bem maior.

Maior concentração de proteína do corpo

O tecido dos testículos é o lugar onde há mais proteínas em todo o corpo humano. Segundo o Atlas das Proteínas Humanas, foram encontrados 999 tipos de proteínas no órgão. É quase três vezes mais que o segundo tecido mais proteico, o córtex cerebral, que apresenta 318 tipos.

No DNA humano já foram registrados 20 mil tipos de proteínas, que cruzadas com as células adequadas assumem sua função no organismo. Acredita-se que os testículos podem manter tantos tipos de proteína porque precisa suportar grande fluxo de espermatozoides, que têm quase o dobro de proteínas que uma célula comum.

Homens têm produzido cada vez menos espermatozoides

A qualidade e quantidade de espermatozoides são sinais da saúde masculina. Há, portanto, uma luz de alerta ligada. Um dos maiores estudos já realizados a respeito, com amostragem de 26 mil homens, constatou queda de 32% na concentração de espermatozóides em um período de 17 anos. Pesquisa semelhante no Brasil mostra que em dez anos, a concentração de espermatozoides por mililitro de 61,7 milhões para 26,7 milhões.

No aspecto qualidade, os espermatozoides estão cada vez piores. O estudo feito no Brasil pela clínica Fertility apurou que a quantidade de espermatozoides morfologicamente normais caiu de 4,6% para 2,7%. No estudo global, foi apresentado o dado de que somente um em cada quatro homens tem qualidade espermática ideal.

Cuidado com seus testículos, eles podem matar

Ser afligido de dor aguda nos testículos pode levar até à morte. Não significa que, batendo um futebol com os amigos, ao receber uma bolada, você vai morrer. Mas se por qualquer motivo tiver o saco escrotal apertado, esmagado, aí você está em risco.

Isso acontece porque há muitas terminações nervosas na região, e elas são bastante sensíveis. Quando sofrem algum tipo de dor, as terminações causam a liberação em grande quantidade de adrenalina. O impacto hormonal é tão alto que uma das consequências pode ser um ataque cardíaco.

Testículos maiores, pais piores

Estudos como esses são repletos de críticas metodológicas, mas mostram, ao menos, alguma tendência. Uma pesquisa produzida pela Universidade de Atlanta afirma que há uma relação entre o tamanho dos testículos e a capacidade de ser bom pai.

O resultado indica que, quanto maiores as glândulas reprodutivas, mais cuidadosos e atenciosos os homens são como pais. Os autores da pesquisa não encontraram o fator que determina a correlação, mas apontam que pode ter a ver com a necessidade de empregar energia na busca de novas situações de acasalamento.

Direito sobe, esquerdo desce

Não, não há nada de errado de ter um testículo maior ou mais elevado que o outro. Pelo contrário, este é o padrão humano. Na maioria dos homens, o testículo direito fica mais acima que o esquerdo, e isso acontece porque os cordões que os sustentam não têm exatamente o mesmo tamanho. Por uma composição orgânica de nervos, músculos e vasos sanguíneos, o cordão da esquerda é mais baixo.

O tamanho também é diferente, em média. O estudo vencedor do Prêmio IgNobel (uma sátira ao Nobel, com pesquisas sérias sem relevância científica) de 2002 constatou que a glândula reprodutiva esquerda é de 7% a 10% menor que a esquerda.

Um peso entre as pernas

Ter testículos ou pênis enormes pode ser o desejo de muitos homens, mas neste caso é um pesadelo. O Livro Guiness dos Recordes registra que o norte-americano Wesley Warren Jr. tem um saco escrotal de exatos 59,8 quilos - ele precisa usar uma proteção especial feita sob medida para proteger e carregar seu órgão.

E, como registro, o maior pênis já registrado pelo livro também é um problemão para seu portador. O mexicano Roberto Cabrera tem um pênis de 48 centímetros e cerca de um quilo.

O maior de todos

As baleias são os maiores animais que temos na Terra. Contudo, a dona do maior testículo que se tem notícia no mundo animal não figura entre as cinco maiores da espécie. Trata-se da baleia-franca-do-sul, um mamífero branco de até 18 metros e 80 toneladas.

Seu testículo, ao contrário do que estamos acostumados, é interno e pode chegar a pesar uma tonelada o par. Sua colega, a baleia-azul (até 27 metros e 120 toneladas) tem o maior pênis: chega a 2,7 metros e 400 quilos.

Testículos jovens correm mais riscos

A mais importante de todas essas informações sobre o órgão reprodutor masculino é essa: metade dos casos de câncer de testículos são registrados em homens entre 20 e 34 anos, tendo incidência também entre adolescentes.

Os tumores nos testículos costumam ter tratamento bem sucedido, mas, claro precisam ser detectados no princípio. Os primeiros sintomas são a formação de um nódulo, o aumento de volume ou o inchaço da glândula. E, atenção, a maior parte destes tumores são indolores.

Qualquer protuberância irregular deve ser apresentada a um especialista o mais rápido possível, é a recomendação da comunidade médica.

Reprodução masculina

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse