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O que causaria o meteoro que por muito pouco não acertou a Terra?

Publicado 11 Mai 2017 – 11:27 AM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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A gente já deve ter se acostumado a imaginar que qualquer ameaça à Terra será prevista pela Nasa ou outras agências e cientistas. Essa visão vem dos filmes e, não por acaso, é bem ficcional. Na realidade, os equipamentos existentes não conseguem detectar asteroides e meteoros que podem nos ameaçar - e o asteroide 4581 Asclepius (1989 FC) é a prova disso.

Março de 1989 poderia ter sido nosso fim. A única coisa que nos salvou foi uma diferença de seis horas e meia. É que o Aclepius passou exatamente onde a Terra estava poucas horas antes, e a gente só foi perceber isso uma semana depois. Quem fez a descoberta foi o Dr. Henry Holt, um astrônomo amador que na época trabalhava num projeto da Nasa.

Foi por pouco que meteoro não nos atingiu

Sabe quando você entra em alguma rede social, vê uma postagem e descobre que algum amigo esteve no mesmo shopping que você, mas não se encontraram por questão de minutos? Foi praticamente isso que aconteceu entre a Terra e o Asclepius. “Numa escala cósmica, foi por pouco”, declarou Holt ao Los Angeles Times um mês depois que a Terra quase parou.

 O asteroide 4581 Asclepius media entre 800 e 1000 metros de diâmetro e passou pela gente a uma distância de 690 mil quilômetros, o dobro da distância entre nós e a lua. Não é tão perto, o que impressiona mesmo é o fato de que se não fosse a diferença de poucas horas, ele teria atingido em cheio a Terra. E os impactos seriam devastadores.

O que aconteceria se um asteroide atingisse a Terra

Viajando a uma velocidade de mais de 80 mil quilômetros por hora, se o Asclepius tivesse atingido a Terra, o impacto seria equivalente a detonação de mil bombas de Hiroshima. Além do impacto, há também terremotos, maremotos e erupções como consequências diretas e imediatas.

“Independentemente da zona de impacto, a explosão destruiria áreas num raio de até 70 quilômetros do ponto inicial e escavaria uma cratera de vários quilômetros em segundos”, analisou Tom Gilchrist, do Departamento de Geografia da Universidade de Reading, na Inglaterra, num artigo de 2008 sobre os possíveis impactos do Asclepius.

Nuvem de poeira

Cientistas e geofísicos afirmam que se um asteroide de médio ou grande porte atinge a Terra, uma nuvem de poeira imediatamente cobre boa parte do planeta, bloqueando o sol. Foi o que ocorreu com o meteoro que levou os dinossauros à extinção, um impacto considerado de porte médio em comparação com outros acidentes cósmicos que podem acontecer.

Subida do metano tóxico dos oceanos

Pode acontecer também de o impacto liberar o metano acumulado no fundo do oceano. Ao subir em direção à superfície dos mares, o gás mataria asfixiadas todas as formas de vida marinha. Na atmosfera, o metano aumentaria a temperatura do planeta em até 10ºC.

Todos os vulcões do mundo entrariam em atividade

Além de todas essas catástrofes, algumas teorias dão conta que o impacto causaria abalos sísmicos tão grandes que todos os vulcões da Terra ficariam ativos instantaneamente.

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