Terremoto de alta magnitude atingiu país vizinho ao Brasil: pode acontecer aqui?
Matéria publicada em 11 de abril de 2017
A cidade de Antigo Cuscatlán, em El Salvador, vem sendo atingida por tremores desde o domingo (9). Mas, na última segunda (10), eles deixaram a população assustada.
Até o momento, a região registrou abalos sísmicos de magnitude que variaram entre 1,3, 3,9 e 5,1 na escala de Ritcher.
O registro mais alto (5,1) é considerado de intensidade 4 e tem nível de profundidade de até 3 km. Por isso, foi forte o suficiente para matar uma pessoa e deixar dois feridos, conforme informações da Polícia Nacional Civil (PNC).
De acordo com as atividades registradas pelos órgãos de vigilância, a origem dos tremores é atribuída ao movimento de falhas geológicas do solo da região, como explica o boletim oficial do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Governo de El Salvador.
Distante a 6 horas e 24 minutos de voo direto, El Salvador pode ser considerado nosso país vizinho, e é importante lembrar que os terremotos não são raros no Brasil.
“São cerca de 4 por semana”, explica o sismólogo Bruno Collaço, do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP). Fato é que a quantidade ultrapassa os 200 por ano, entretanto, não possuem tanta força a ponto de causar destruições e mortes.
Terremotos no Brasil
O Brasil está no centro da sua placa tectônica (blocos que ficam embaixo da superfície e fazem parte da crosta terrestre), onde a estabilidade do terreno é maior. Isso quer dizer que ela se move menos, e é principalmente por isso que os terremotos são mais fracos aqui.
Mas o sismólogo Bruno Collaço aponta que cada tremor pode ser sentido de forma diferente. "Os de magnitude 3 e 4, já podem causar um estrago dependendo de onde acontecem", afirma.
O que são terremotos?
Terremotos ou sismos (o segundo termo é mais utilizado quando eles são mais fracos, mas possuem o mesmo significado), são a liberação de energia acumulada nas rochas.
Eles acontecem porque as placas tectônicas se movimentam constantemente e, durante esses deslocamentos, elas podem se chocar.
“Por exemplo, a placa onde está localizado o continente da África, e a placa de Nazca, que fica à esquerda da América do Sul, fazem pressão e comprimem a placa onde está o Brasil”, explica o sismólogo.
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