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Animal voltou a existir? Pessoas relatam ter visto espécie de tigre extinta em 1986

Publicado 10 Abr 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 16 Mar 2018 – 10:31 AM EDT
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Cientistas da Universidade James Cook (Austrália) ouviram diversos relatos de pessoas que disseram ter visto um animal parecido com uma raposa, com listras de tigre e aspecto de cachorro na região de Queensland (nordeste do país).

Uma das pessoas que viu o animal trabalha no Parque Nacional de Queensland, e o outro é camponês. Eles viram a espécie à noite.

Bill Laurance, um dos pesquisadores, acredita que essas observações descrevem a espécie tilacino, conhecido como tigre-da-tasmânia, oficialmente extinto há mais de 30 anos.

As descrições de olhos, tamanho, tipo e comportamento não batem com nenhuma possível espécie que poderia ser confundida na região, como cães, porcos selvagens e dingos (subespécie de lobo).

Ainda que o tigre-da-tasmânia tenha sido oficialmente declarado extinto em 1986, há biólogos que acreditam que o último animal da espécie tenha morrido bem antes, em 1936, num zoológico de Hobart, capital do estado australiano da Tasmânia.

Tigre-da-tasmânia: espécie voltou a existir?

Laurance não foi o primeiro a se intrigar com essa história do tigre-da-tasmânia.

Em 2014, o jardineiro Neil Waters ficou famoso pelas declarações de ter visto uma espécie desse animal, que levou-o a criar o Thylacine Awareness Group (Grupo da Consciência do Tilacino), que conta com mais de 6 mil apoiadores em vários cantos do mundo.

“Represento milhares de pessoas que são consideradas malucas”, disse Waters em entrevista ao jornal britânico The Guardian na época. Ele acredita que, nos últimos 80 anos, houve mais de 5.000 relatos de pessoas que viram o animal.

Tigre que não é tigre

Apesar da característica quieta do tigre-da-tasmânia, ele não é considerado um felino, e sim um marsupial – ou seja, possui características semelhantes ao canguru.

Segundo o Museu Nacional Australiano, os primeiros da espécie surgiram há 4 milhões de anos e se espalharam pela região da Tasmânia, que fica na costa sudoeste do país.

De hábitos noturnos, o tilacino evitava contato com o homem. Os machos tinham cerca de 1,80m de comprimento e pesavam, em média, 40 kg. Já as fêmeas possuíam listras menores e tinham aquela bolsa típica do marsupial (parecida com a do canguru, para carregar filhotes), voltada para trás. Assim, ela protegia os pequenos (conseguia carregar até 4 deles) da vegetação áspera da região, que costumava cortá-los.

Uma série de fatores contribuiu para sua extinção: desde a chegada dos dingos, que modificaram o habitat natural, à criação das primeiras colônias do século XIX, que deram início à indústria agrícola.

Como muitas dessas pessoas criavam gado e ovelhas, passaram a evitar cães selvagens. Assim, o tigre-da-tasmânia levou a fama de ‘devorador’ e foi considerado um ‘inimigo’ dos fazendeiros.

Por conta disso, o governo local, que respondia ao Império Britânico, estimulou a matança desses bichos, oferecendo recompensas a caçadores que entregassem suas carcaças.

Entre 1830 e 1920, pelo menos 3.500 tilacinos foram capturados pela caça humana.

Nos últimos anos, a espécie foi centro de uma polêmica sobre trazer animais extintos de volta à vida. O tilacino foi uma das espécies cogitadas, mas alguns cientistas argumentam que trabalhar com coletas de DNA do animal são caras e bastante complexas.

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