Robôs com emoções próprias colocariam em risco a saúde mental dos humanos: entenda

Na literatura e em filmes, robôs que expressam emoções normalmente são apresentados como uma ameaça à raça humana. As obras, muitas vezes apocalípticas, podem parecer exageradas, mas um recente estudo realizado na Alemanha mostra que máquinas autônomas podem, no mínimo, causar riscos e desconfortos sociais aos humanos - como angústia, sensação de ameaça e nervosismo.

Robôs com emoções afetam percepção humana

Para o estudo, cientistas deram equipamentos de realidade virtual a 92 participantes que precisavam observar uma breve conversa entre um homem e uma mulher virtuais em uma praça pública. Os personagens discutiam sobre banalidades e situações cotidianas.

Todos os voluntários assistiram à mesma cena, mas receberam uma de quatro descrições: metade foi informada de que os avatares eram controlados por seres humanos e outra metade foi informada de que eram controlados por computadores. Dentro de cada grupo, metade foi informada de que a conversa fazia parte de um roteiro, enquanto os outros foram informados de que se tratava de um diálogo espontâneo.

Os participantes que pensaram ter visto dois computadores interagirem de forma autônoma definiram a cena como mais misteriosa do que os outros três grupos. Ou seja, o comportamento social aparentemente natural era considerado bom quando vinha de um humano ou de um computador seguindo um roteiro, mas quando um computador parecia apresentar sentimentos próprios, as pessoas se sentiam mais nervosas, desconfortáveis ou ameaçadas.

O que mais intrigou os pesquisadores foi o fato de que os voluntários que pensavam estar vendo dois computadores espontâneos se sentiam angustiados. Os estudiosos sugerem que eles podem ter sentido que a singularidade humana estava, de certa forma, sob ameaça.

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