null: nullpx
chuva-Mulher

Chuva de meteoro é registrada pela primeira vez no Brasil: por que demorou tanto tempo?

Publicado 23 Mar 2017 – 03:37 PM EDT | Atualizado 14 Mar 2018 – 09:19 AM EDT
Compartilhar

Brasileiros da Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros) puderam observar duas chuvas de meteoros no final de janeiro de 2017, e pela primeira vez no Brasil, conseguiram registrar o fenômeno no Meteor Data Center, órgão da União Astronômica Internacional (IAU). Isso porque o trabalho de observação de meteoros a partir do céu do Brasil começou apenas em 2014.

Hoje são 82 estações de monitoramento, em 19 estados do Brasil, que já contam com vídeos de mais 86 mil meteoros que atingiram a Terra de maneira isolada (e não em formato de chuva). A rede é considerada uma das maiores do mundo e uma das poucas do hemisfério sul da Terra.

Um dos diferenciais das redes de monitoramento do Brasil é realizar o registro dos meteoros de diversos pontos de vista, o que permite descobrir o caminho desse meteoro antes de passar perto da Terra.

Novas chuvas de meteoros

Meteoro J8_EGR Novo radiante descoberto "epsilon Gruids"

Posted by Meteoros on Wednesday, March 22, 2017

Apesar de ainda precisarem de mais observações, as chamadas de Epsilon Gruids ( EGR), da constelação do Grou, e August Caelids ( ACD), da constelação do Cinzel, já foram encaixadas como um fenômeno de baixa ocorrência, por serem formadas por poucos meteoros.

Foram descobertas no final de 2016, quando os pesquisadores Carlos di Pietro e Marcelo Zurita viram um grupo de meteoros que pareciam sair de um mesmo ponto no espaço. Junto com outro integrante da Bramon, Lauriston Trindade, eles conseguiram confirmar e validar que o que tinham visto eram realmente duas chuvas de meteoros (fotos abaixo).

O que são chuvas de meteoros?

São partículas do espaço que entram na atmosfera terrestre e se queimam, formando rastros luminosos feitos de gases e poeira. Pode-se falar que são várias “estrelas cadentes” juntas, por exemplo, e todas as ocorrências confirmadas, são anotadas em um catálogo da IAU, com as datas e as posições em que foram vistas.

Testes de diversos tipos e cálculos matemáticos precisam ser realizados. “Podemos prever com alguma exatidão o instante em que a Terra intercepta a órbita do comenta, mas não se haverá uma quantidade razoável de grãos de poeira para provocar um fenômeno visualmente bonito”, segundo dados da Observatório Astronômico da Universidade Federal de Minas Gerais ( UFMG).

Fenômenos raros do céu

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse