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A ciência por trás da astrologia: entenda a lógica dos signos, dos horóscopos...

Publicado 28 Fev 2017 – 10:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Astrologia é a “ciência que estuda os efeitos celestes dos planetas e como eles atuam no mundo particular de cada um”. Eis a lógica dos signos, de acordo com a astróloga Paloma Rodrigues, na área há 9 anos, graduada em Astrologia Moderna pela Gaia Escola de Astrologia

Ainda que a comunidade científica considere a astrologia como “uma forma de pseudociência (procedimentos ou teorias que tentam se disfarçar como ciência sem sê-la) ou superstição”, porque não acreditam que ela seja capaz de demonstrar o que afirma, a crença de que os astros influenciam o cotidiano, o comportamento, e as experiências pelas quais as pessoas podem vir a passar é de milênios atrás, antes ainda da existência de Jesus Cristo.

Segundo Paloma, registros históricos indicam que astronomia e astrologia faziam parte da mesma ciência, e eram intensamente estudadas por matemáticos, médicos e filósofos. A primeira grande sistematização do estudo do céu com esses fins está em Tetrabilos, um texto escrito pelo astrônomo greco-egípcio, Claudius Ptolomeu, ainda na Antiguidade.

“A ciência era única. A divisão entre as duas veio mais para frente”, explica ela. E a astrologia ficou, então, com a parte que “estuda os ritmos e os temperamentos dos seres de acordo com as forças que regem o Universo”.

Por exemplo, quando se fala sobre as fases da lua e sua influência na maré. “Quando a Lua está cheia, tem precipitação no mar”, diz a astróloga. E com o ser humano é exatamente assim. “Somos feitos de 70% de líquidos, por isso as fases da Lua também afetam a gente”, conta a astróloga.

Origem da astrologia

Alguns cientistas, como os do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), alegam que se escuta falar da astrologia desde 1500 a.C, pelos caldeus, também conhecidos como babilônios, ainda quando ocupavam a região da Mesopotâmia. A partir de estudos e observações grandes foi se descobrindo os padrões da influência do céu na vida das pessoas.

Inclusive, existem várias versões, “porque vários povos foram se apropriando da ciência e fazendo dela a sua própria cultura”, com seu próprio modo de interpretação dos fenômenos. Por isso, existem diversos tipos de astrologia: a kármica (com análise do passado e suas influências no presente), védica (de origem indiana, com o objetivo do autoconhecimento), clássica (fotos concretos, previsões), moderna (psicológica), dentre outras. “E todas têm a sua verdade”, conta Paloma. “A verdade é tudo, não é uma coisa só. Por isso é preciso estar aberto e flexível ao conhecimento”, aconselha Paloma.

Por volta de 300 a 400 a.C, foi quando a astrologia começou a ficar mais em evidência. Era muito utilizada para análise de agricultura, batalhas, previsões que eram passadas para os reis. E foi quando as pessoas passaram a compreender que poderiam usar as informações para sua vida pessoal que tudo mudou.

“No princípio, era igual o telefone”, conta Paloma. “Era caro, tinha que ficar na fila. O investimento era muito alto. Mas isso foi mudando, foi melhorando, e começou a ficar muito acessível. Até o momento em que se percebeu que ela não era só para o rei que estava em destaque no meio político e para saúde”, revela a especialista.

A astrologia passou a ser praticada nas praças, nas feiras. Era usada para auxiliar nas compras, acordos, troca de mercadorias. “Se tornou muito popular e tirou o controle de quem estava no poder, na época, a Igreja Católica”, explica ela.

Astrologia moderna

A vertente moderna da astrologia surgiu a partir do momento da inserção da psicologia e do estudo do psique, das emoções, em conjunto com a influência dos astros. São diversos cálculos matemáticos feitos a partir do nome completo, da cidade e da hora de nascimento, que fornecem dados como a latitude e a longitude do lugar onde se nasceu e como o céu era vista daquele local, naquele momento.

O céu divide-se em doze fatias (as casas) que representam cada um uma área da vida e são regidas por um planeta. Cruza-se informações sobre o tamanho desses setores, que varia de pessoa para pessoa, e de acordo com a demarcação do tempo, com as quais é possível falar sobre a personalidade, sobre as dificuldades da vida, sobre os potenciais e muitas outras características da vida de alguém.

Vários cenários podem ser observados e o trânsito dos planetas em cada casa pode indicar o que vai ser “mexido” (quais áreas da vida) naquele período. “Cada planeta traze experiências específicas. Para falar sobre o mapa astrológico de alguém é preciso entender a história de vida da pessoa”, explica a astróloga.

O horóscopo, por exemplo, é mais generalizado a uma categorias de signos solares e ascendentes. “Ele te dá uma percepção do momento que aqueles signos se passam, para que se possa atuar de uma forma favorável, para crescer, não para se limitar”, diz. Mas cada pessoa vive aquilo de uma forma e com uma intensidade diferente.

“Cada ser é uma energia, é uma vibração, que atrai experiências particulares. Os planetas refletem isso de forma a indicarem o que se passa para ajudar o estado de consciência da pessoa sobre o que ela vai viver”, finaliza.

Curiosidades da astrologia

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