Papel à prova de água e fogo: conheça a invenção sustentável dos chineses
O papel foi inventado pelo chinês Cai Lun no século I a.C. Mais de 2 mil anos depois, natural que fosse algum conterrâneo que apresentasse um novo tipo de papel, à prova de água e de fogo.
A inovação vem do Instituto de Cerâmica de Xangai e garante que nenhum texto escrito nesse papel seja danificado por um calor de até 200° C, ou após ficar encharcado de água.
Papel ultrarresistente
Para criar esse tipo de papel resistente, os pesquisadores chineses fizeram uso da hidroxiapatia, um material a base de fosfato de cálcio com características parecidas com a massa dos ossos e dos nossos dentes.
A mistura deste material com o papel mudou sua estrutura, fazendo com que ele passasse a ter propriedades capazes de repelir elementos naturais, como fogo e água.
“Tradicionalmente, o papel é feito de fibras vegetais, que são facilmente destruídas pelo líquido. As tentativas anteriores de produzir papel impermeável mostraram que era difícil retardar o fogo e a repelência à água ao mesmo tempo”, disse Zhu Yingjie, líder da pesquisa.
Zhu argumenta que o uso da hidroxipatia em processo sintético para a produção do papel é uma forma mais sustentável do que a forma convencional.
“A produção do papel como o conhecemos prejudica as madeiras naturais e o meio ambiente. Os nanofios de hidroxipatia, dessa forma, são o material de construção ideal para o papel”, afirmou o pesquisador à TV estatal chinesa.
Documentos não serão mais destruídos
A ideia de um papel ultrarresistente é importante porque pode ajudar a preservar documentos de tragédias naturais, por exemplo.
“Também acreditamos que haverá diversos tipos de uso, desde a utilização para a caligrafia até a aplicação em outdoors”, prevê Zhu.
Os pesquisadores estão em processo de patentear a descoberta e devem comercializar o papel ultrarresistente nos próximos anos.
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