Em 7 bilhões de anos, sol pode aumentar TANTO que vai engolir planetas próximos
Com o objetivo de descobrir o que deve acontecer com os planetas do Sistema Solar daqui a bilhões de anos, astrônomos de 4 países se reuniram para uma observação complexa e detalhada que poderia, então, finalmente responder a essa pergunta.
‘Sol’ em outra galáxia
Para descobrir por quanto tempo um planeta do sistema solar pode existir, uma equipe internacional de astrônomos da Bélgica, Chile, França e Reino Unido observou uma estrela posicionada há 208 anos-luz da Terra, a L2 Puppis, usando um telescópio específico.
Durante as observações, os cientistas encontraram um objeto orbitando a cerca de 300 mil quilômetros dessa estrela – distância parecida entre a Terra e o Sol.
Segundo os cientistas, o L2 Puppis tem cerca de 10 bilhões de anos. “Há 5 bilhões de anos, essa estrela era quase gêmea do Sol como o conhecemos hoje, com a mesma massa”, comparou o pesquisador Ward Homan, do Instituto KU Leven de Astronomia, da Bélgica.
Homan disse essa estrela perdeu 1/3 de sua massa com o tempo. “O mesmo pode acontecer com o nosso Sol num futuro muito distante”, previu.
Planetas serão engolidos pelo Sol
Se o Sol realmente mudar daqui alguns bilhões de anos, certamente a Terra sentirá esse impacto. Os astrônomos calculam que daqui há 5 bilhões de anos a maior estrela do nosso universo continuará existindo. Mas, em vez de diminuir, pode aumentar, engolindo os planetas mais próximos Vênus e Mercúrio.
Esse processo deve acontecer dentro de 7 bilhões de anos, e a Terra também estaria vulnerável a ser ‘atraída’ pela gigante bola de fogo do Sol.
“Nós sabemos que o nosso Sol será maior e mais brilhante, então provavelmente irá acabar com toda e qualquer tipo de vida no nosso planeta”, explicou Leen Decin, professora de astronomia do KU Leven.
Será que a Terra sobrevive?
A questão é: e se a Terra for ‘poupada’ nesse processo de expansão do Sol? Isso é possível, segundo Decin.
Para isso, o planeta teria que resistir por mais ou menos 2 bilhões de anos o fenômeno que deve acontecer com o Sol; depois disso, a estrela passa a diminuir, tornando-se uma anã branca, um tipo de estrela menor e com menos brilho, tornando-se uma nebulosa planetária. “Uma anã branca típica tem a ver com a massa do Sol, mas é apenas um pouco maior do que a Terra”, explicou a Nasa.
O problema, para Decin, não é nem o planeta ser engolido. “Será que o núcleo rochoso da Terra sobreviverá à fase gigante do Sol e continuará orbitando a anã branca?”, questiona. Eis a pergunta que só terá resposta exata daqui há 7 bilhões de anos. Antes disso, porém, as chances do nosso planeta permanecer no sistema solar são grandes.
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