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"Demência do preocupado": você pode sofrer com ela e ainda não sabe

Publicado 2 Jan 2017 – 09:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Você não consegue dar conta das obrigações do dia a dia? Sempre esquece alguma coisa? Parece estar distraído na maior parte do tempo? É, talvez você esteja com a síndrome da “demência do preocupado”.

A demência é um transtorno caracterizado pela perda de memória, comprometendo o pensamento, o foco nas atividades e o comportamento social. Ela atrapalha o raciocínio e o desempenho e pode até ocasionar mudanças de personalidade.

Pode ser causada por lesões cerebrais, mau funcionamento da tireoide ou até carências nutricionais. Mas, segundo a neurologista Frances Jensen, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, existe um tipo de demência que acontece devido a preocupações contínuas e constantes do dia a dia.

O estudo da especialista, “O Cérebro Adolescente”, tinha o objetivo inicial de explicar por que os adolescentes são impulsivos, mau humorados e não conseguem ser muito responsáveis. Entretanto, a partir dele foi possível entender como eles se comportam depois de adultos.

Causas da demência

Apesar de não ser reconhecida pela sociedade médica, a síndrome identificada por Jensen pode ter várias causas. De acordo com ela, a sociedade atual exige que sejamos multitarefas, capaz de fazer diversas coisas, ao mesmo tempo, e com qualidade.

Mas, o “nosso cérebro não pode mudar de tarefa de uma maneira tão rápida como a que nos exige o dia a dia, de forma que perdemos a atenção, e depois nos esquecemos o que tínhamos que fazer”, explicou a especialista em entrevista para o site da organização de saúde NPR.

Por isso parece que a produtividade fica cada vez menor, ainda que um esforço maior esteja sendo feito. Essa frustração leva a uma falta de concentração e uma indecisão sobre o que fazer, que pode ocasionar uma distração digital que desgasta.

As pessoas estão sempre online, conectadas com o mundo e recebendo um fluxo de informações muito alto ao longo do dia. Por isso os esquecimentos constantes e a sensação de que não há tempo para nada.

Tem cura?

Mas, calma. A neurologista explica que é o transtorno é reversível. Tirar algumas horas do dia para se desligar e ficar consigo mesmo é o primeiro passo. Mas o ponto chave é aprender a gerenciar todo essa quantidade de informações que recebemos todos os dias.

“Tempo para refletir sobre o que você faz todos os dias, para sublinhar para si mesmo as coisas mais importantes e tentar não responder ao conflito no meio do seu ambiente de trabalho, por exemplo, pode ser bem eficaz”, aconselha ela.

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