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Cientistas encontram maneira de fazer células voltarem a ser como eram na juventude

Publicado 28 Dez 2016 – 09:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Nada de cremes anti-rugas, rejuvenescedores, pílulas, remédios. Esqueça tudo isso. Cientistas descobriram que é possível reverter as marcas da idade de outro jeito: mudando seus genes, fazendo suas células voltarem a ser como elas eram na juventude, no estágio embrionário.

Segundo a pesquisa do Instituto de Estudos Biológicos Salk, nos Estados Unidos, parte da culpa do corpo humano ficar velho é das alterações epigenéticas, que fazem alguns genes ficarem mais ativos e outros funcionarem menos.

Essas mudanças acontecem ao longo da vida, causadas por diversos fatores de acordo com os hábitos de cada um: alimentação, vícios como o cigarro e a bebida, e a poluição do meio ambiente, por exemplo.

Essas mudanças se acumulam com o tempo e acabam fazendo com que os músculos se enfraqueçam, o funcionamento do cérebro diminua e o corpo fique mais propensos a ter doenças, principalmente degenerativas (como câncer e problemas do coração).

A partir disso, eles tentaram reverter o processo em ratos e em células humanas in vitro, com a ajuda de quatro genes conhecidos como Yamanaka, que permitem converter células. Eles são capazes de se dividir indefinidamente e se tornar qualquer tipo de célula presente em nosso corpo.

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Publicados no periódico científico Cell, os resultados foram incríveis. Eles conseguiram prolongar a vida dos animais, rejuvenescer órgãos e ainda conseguiram recuperar algumas lesões e doenças que eles desenvolveram com a idade.

"Obviamente, os ratos não são humanos e sabemos que será muito mais complexo rejuvenescer uma pessoa", diz Juan Carlos Izpisua Belmonte, um dos autores do estudo. “Mas, este estudo mostra que o envelhecimento é um processo muito dinâmico e plástico e, portanto, será mais acessível a intervenções terapêuticas do que aquilo que pensávamos”, revela.

O tratamento mais longo levou alguns ratos a desenvolver tumores e morrerem em uma semana. Mas durante um período mais curto – dois dias - , só houve benefícios. “Isso vai ser em que vamos gastar os próximos 10 anos tentando descobrir: como reprogramar as células para serem jovens de novo sem demorar muito para que elas não se tornem cancerosas”, explicou.

E segundo os cientistas, as vantagens no procedimento não está só na quantidade de anos de vida que vai poder aumentar. Mas está estritamente relacionado com a qualidade de vida a partir de determinadas idades. “Isso não é apenas uma questão de quantos anos podemos viver, mas o quão bem podemos viver o resto de nossa vida”, apontou Alejandro Ocampo, outros dos autores.

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