Nem gêmeos idênticos têm DNA igual; estudo científico desmente o que pensávamos saber
Apesar de o senso comum achar que gêmeos idênticos têm o mesmo DNA, um estudo científico analisou a combinação genética de 19 pares de irmãos considerados iguais e provou que eles não têm os mesmos genes em certos cromossomos.
A descoberta sobre a formação genética de univitelinos, ou seja, que são originados da divisão de um único óvulo fecundado por um só espermatozoide, desmente o que acreditávamos saber sobre características de gêmeos que são iguais.
Os pesquisadores da Universidade de Alabama (EUA) comprovaram ainda que, com o passar dos anos, os gêmeos ficam ainda mais diferentes em termos genéticos. Como isso é possível? Leia mais sobre o estudo a seguir.
Gêmeos idênticos e DNA
Os pesquisadores geneticistas da Universidade de Alabama (EUA) estudaram 19 pares de gêmeos univitelinos adultos com foco no que é chamado de variação do número de cópias dentro do genoma.
Essa variação, segundo os cientistas, é que poderia fazer com que um irmão desenvolva uma determinada doença, enquanto o outro se mantém saudável. Ela ocorre quando a fita dupla do DNA se quebra e, na reparação, há acréscimo ou eliminação de alguns genes.
Eles analisaram, em um primeiro momento, nove duplas de irmãos – em cada uma, um dos gêmeos tinha mal de Parkinson ou algum distúrbio neurológico. Todos apresentavam diferenças genéticas.
Na segunda parte do estudo, dez pares de gêmeos idênticos saudáveis foram avaliados pelos pesquisadores. Mesmo sem ter diferenças visíveis, um dos gêmeos não tinha parte do gene do cromossomo 2 (enquanto seu irmão tinha).
A conclusão dos geneticistas, portanto, pode ajudar na identificação de mutações de genes para desenvolvimento de doenças. Na comunidade científica, é ainda uma informação inicial para pesquisas sobre essas alterações entre os gêmeos que já nascem diferentes. Afinal, antes, só se levava em conta a influência do ambiente externo.