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Insônia pode matar: estudo revela que homens que não dormem morrem mais cedo

Publicado 11 Nov 2016 – 09:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Engana-se quem pensa que a insônia causa apenas mau humor no dia seguinte. Estudos já revelaram que o problema pode ocasionar até depressão. Mas, dessa vez, a novidade é mais preocupante para os homens.  Um novo estudo sugere que homens com insônia crônica que dormem menos de seis horas por noite têm um risco maior de morte precoce do que os dorminhocos. Entenda

O que é insônia crônica?

Insônia, a dificuldade em cair no sono ou permanecer adormecido, é o distúrbio do sono mais comum na população moderna ocidental. Quando o problema se transforma em crônico, significa que o distúrbio se repete consistentemente por pelo menos um ano.

Depois de décadas de estudos, um novo relatório mostra que a insônia é uma "doença grave com consequências físicas significativas, incluindo a mortalidade", disse o autor do estudo, Alexandros N. Vgontzas, diretor do Sleep Research & Treatment Center da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Ele publicou resultados anteriores mostrando que a redução do sono em adultos jovens por duas horas por noite em apenas uma semana está ligada à inflamação que pode causar problemas cardiovasculares. Isso definitivamente muda o jeito como vemos a insônia, já que o estudo aponta o quadro como sendo mais do que um transtorno psicológico.

Insônia rastreada ao longo do tempo

Vgontzas e seus colegas selecionaram aleatoriamente 741 homens da Pensilvânia entre 20 e 100 anos, com idade média de 50 anos, para participar da fase inicial do estudo, entre 1990 e 1995. Em primeiro lugar, os voluntários se identificaram como sendo insones ou não insones. Então eles passaram uma noite em um laboratório do sono, onde os cientistas confirmaram quanto tempo os sujeitos dormiram.

Ao combinar os relatórios das informações prestadas pelos voluntários e os dados do laboratório, a equipe determinou que 6% dos homens tinham insônia crônica. Já entre 1994 e 1997, os pesquisadores do sono estudaram mil mulheres com uma faixa etária similar aos homens. A equipe descobriu que 9% das mulheres tinham insônia crônica.

No momento em que os cientistas inspecionaram os sujeitos em 2007 - 14 anos depois para os homens, 10 anos depois para as mulheres - 51,1% dos insones masculinos crônicos que dormiam menos de seis horas por noite haviam morrido, contra 9,1% dos homens que dormiam normalmente.

Os resultados também sugerem que os insones masculinos crônicos têm quatro vezes mais chances de morrer precocemente, mesmo depois de levar em conta fatores de risco como tabagismo, obesidade e apneia do sono, disse Vgontzas. Porém, não houve tal ligação entre insônia e a morte prematura em mulheres insones. Tanto elas, quanto os dorminhocos saudáveis tiveram uma taxa de mortalidade de pouco mais de 2% durante o período de estudo.

Tire proveito de dormir bem

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