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Tratamento para olheiras dá errado e ex-BBB narra saga para corrigir: de fibrose à cirurgia

Publicado 28 Mar 2017 – 04:02 PM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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A ex-BBB Amanda Djehdian, participante da edição 2015 do programa, ganhou o carinho do público na atração, mas ficou conhecida por conta das olheiras profundas que exibiu no reality show. A morena levou as brincadeiras dos telespectadores na esportiva e chegou até a criar uma linha de produtos com o panda como símbolo - animal famoso pelos círculos negros ao redor dos olhos. 

Mas o que muita gente não sabia, na época, é que as bolsas sob os olhos eram resultado de um tratamento para eliminar as olheiras que foi malsucedido.

Olheiras de Amanda Djehdian

Dois anos depois de sair do programa, Amanda publicou um desabafo em seu Instagram e explicou melhor o que aconteceu. "Meu problema sempre foi pigmentação (cor escura). Nunca tive a tal das 'bolsinhas' como praticamente todo mundo me conheceu", disse. 

Ela contou que passou por diversos tratamentos para tentar se livrar das olheiras, mas ao contrário do que esperava, a região dos olhos ficou com o aspecto ainda pior e teve consequências graves. 

Tratamento errado contra olheiras

Antes de participar no BBB, Amanda fez por indicação médica um preenchimento de ácido hialurônico nas olheiras. "Eu não queria fazer (antes não tivesse feito). Nunca tive nada fundo para ser preenchido", explicou.

Apesar disso, o procedimento foi realizado. O produto encheu as pálpebras inferiores e, por não conhecer bem o procedimento, Amanda ficou por alguns dias achando se tratar apenas de um inchaço normal, que iria diminuir. Mas isso não aconteceu. Posteriormente, a pele no local ficou flácida: "Nesse tempo, eu entrei no BBB e mal sabia que as câmeras deixavam as bolsinhas maiores do que realmente eram", lembra.

A dermatologista Sílvia de Mello, do Núcleo de Saúde e Beleza da Clínica Ivo Pitanguy, explica que qualquer tratamento mal feito pode realmente piorar qualquer patologia. Para que isso não aconteça, ela recomenda sempre procurar profissionais habilitados, que saberão a indicação correta para cada pessoa. "Principalmente quando se trata do rosto, pois qualquer alteração o paciente fica muito mobilizado, perde a autoestima. E, no caso das olheiras, é uma área da pele mais 'frouxa' e, por isso, mais difícil de se tratar o escurecimento e a flacidez", diz.

Procedimento para a área dos olhos

Quando saiu do programa, ela começou então um novo processo para retirada do ácido, que leva até dois anos para ser absorvido. "Uma forma simples de explicar: você pega uma bexiga (balão), enche, depois esvazia. Ela fica mole. É a mesma coisa com a pele. Encheram de produto, esvaziamos a pálpebra, porém a pele danificou", explicou.

A dermatologista Karla Assed, com quem Amanda fez o tratamento para reverter o preenchimento, explica que essa flacidez realmente pode acontecer. "Não posso falar do tratamento particular dela. Mas, em qualquer caso, dependendo do volume que foi colocado no preenchimento, a pele se distende e, ao voltar ao normal, pode causar flacidez", afirma.

No caso de Amanda, foram dois anos tentando reverter o erro e, ao mesmo tempo, tratando a pigmentação que deixa o aspecto escuro na pele.

Em algumas partes o produto não cedia e não era possível retirá-lo totalmente, o que fez com que ocorresse fibrose, que ocorre quando o organismo não regenera, ou seja, não produz um tecido igual ao que foi danificado. "A fibrose nada mais é do que a cicatriz interna, sendo uma pele menos elástica que a pele normal", explica a Dra. Karla Assed.

Para resolver esse problema, foi necessário que as pálpebras de Amanda fossem abertas para remover o que ainda restava do preenchimento. "Isso melhorou o aspecto da pele que foi prejudicada pela fibrose. Foi super rápido. Mas tive que tomar pontos e ainda estou com um pouco de edema e inchaço, o que é normal", escreveu.

O objetivo de Amanda ao relatar todo o seu processo na luta para acabar com as olheiras foi alertar outras pessoas para que tomem cuidado com procedimentos, principalmente os que são feitos no rosto. "Pesquisem muito, não façam sem ter certeza, peçam indicações, vejam o antes e depois real mesmo. Às vezes o que a gente acha que vai melhorar, piora. E depois demora muito para ajustar", finalizou.

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