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Herpes labial: possíveis causas, como pegar ou transmitir e formas de tratamento

Publicado 22 Mar 2017 – 07:00 AM EDT | Atualizado 14 Mar 2018 – 09:19 AM EDT
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O herpes labial é causado por um microorganismo chamado Herpes Simplex HSV-1 cuja transmissão ocorre pelo contato entre pessoas, através da saliva, perdigotos (gotículas minúsculas de saliva que são expulsas durante a fala de uma pessoa), pele ou lábios do indivíduo contaminado. 

De acordo com o dermatologista Daniel Dziabas, de São Paulo, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a maioria das pessoas se contamina ainda na infância, quando o contato com secreções orais é muito comum. Mas, geralmente, quem se contamina pelo vírus não desenvolve nenhum sintoma imediatamente. "Apenas 20% das pessoas desenvolve a doença. Os outros 80% permanecem com o vírus 'adormecido' no corpo por vários anos", explica.

Causas e transmissão do herpes

Alguns fatores favorecem o surgimento do herpes como estresse, ansiedade e até mesmo o contato com o sol, que diminui temporariamente a imunidade, favorecendo a proliferação do vírus. Assim, surgem as lesões. "São feridas dolorosas nos lábios, porém a infecção também pode acometer outras áreas como: gengiva, faringe, língua, céu da boca, interior das bochechas e, às vezes, a face e o pescoço", diz.

Quando existem lesões visíveis do herpes, a quantidade de vírus na cavidade oral aumenta cerca de 1000 vezes, tornando a transmissão nesta fase muito mais provável de ocorrer. "O líquido que sai da vesícula do herpes é repleto de vírus, mas, mesmo quando as lesões não são visíveis já pode ocorrer a transmissão. Nos adultos, as mais comuns são através do beijo ou de talheres e copos contaminados" explica.

Como tratar

Ainda de acordo com o médico, o período de incubação do herpes labial varia entre 2 a 26 dias, mas, na maioria dos casos, as lesões surgem 4 a 6 dias após a contaminação. Quando as feridas começam a surgir, é importante evitar o excesso de estresse e ansiedade; hidratar os lábios, especialmente quando está muito frio; usar protetor solar nos lábios e evitar a exposição solar prolongada. Além disso, é necessário recorrer a medicamentos como antivirais via oral e tópico. 

O tratamento para herpes dura sete dias até que as feridas fiquem cicatrizadas e sumam. Mas, mesmo que a infecção primária tenha desaparecido, o vírus não morre, ele permanece vivo no corpo do paciente. "Ele fica adormecido nas células dos nervos, à espera de uma baixa do sistema imunológico para voltar a atacar", explica.

Sendo assim, o herpes pode surgir novamente a qualquer momento. "O herpes não tem cura. A pessoa sempre vai ter o vírus, porém poderá ficar meses e até anos se apresentar as lesões", diz. Mas, se o problema acontece com muita frequência, pode ser sinal de baixa imunidade e a pessoa deve procurar um médico infectologista ou dermatologista para investigar o estágio do sistema imunológico.

Herpes labial x vaginal

É importante ressaltar também que o vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) pode se espalhar da boca aos genitais durante o sexo oral. Há, ainda, um outro tipo de vírus, o HSV-2, que é mais comum na vagina e apresenta mais facilidade em se multiplicar na pele da região genital do que na cavidade oral.

"O herpes genital é transmitido pelo contato com a pele de uma pessoa infectada que tem lesões visíveis, bolhas ou erupções (uma crise ativa), mas o paciente também pode contrair herpes a partir do contato com a pele de uma pessoa infectada mesmo quando não há lesões visíveis (e a pessoa pode nem saber que está infectada) ou pelo contato com a saliva ou com fluidos da vagina de uma pessoa infectada", esclarece.

Outra forma do problema se manifestar é o herpes zoster, causado pelo mesmo vírus da catapora. "Ele acomete pessoas que já tiveram e ficaram com vírus latente (adormecido) em gânglios do corpo. Anos mais tarde, esse vírus pode reativar na forma de herpes zoster. É uma infecção viral que provoca vesículas na pele e geralmente é acompanhada de dor intensa. Pode ocorrer em qualquer parte, mas é mais frequente no tronco e no rosto, evidenciando-se como uma faixa de vesículas em apenas um dos lados do corpo", finaliza.

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