Substância para clarear o rosto pode manchar (e até queimar!) a axila e a virilha

Fatores como atrito constante da pele, uso de roupas apertadas, transpiração no calor e pouca ventilação, além da depilação frequente e exposição ao sol sem filtro solar são alguns dos fatores que podem causar o escurecimento da axila e virilha. Para minimizar o efeito indesejado, uma substância comumente receitada por dermatologistas para combater manchas no rosto pode ser uma falsa aliada para o problema.

Hidroquinona nas axilas e virilha

A hidroquinona é um ácido de ação bem potente, normalmente, indicada para o clareamento de manchas no rosto. Porém, se aplicada nas axilas e virilhas, a substância se torna ainda mais potente, porque esses locais são áreas de dobra. E, além de queimar a pele quando aplicada nessas áreas, pode ter efeito rebote ao causar ainda mais manchas na pele, se administrada sem supervisão médica.

No caso das axilas, por exemplo, o atrito da pele do braço com o tórax aumenta a absorção da hidroquinona, fazendo com que ela seja ainda mais irritante. Também nas virilhas, a substância pode causar uma sensação muito forte de queimação no local, que fica muito avermelhado e dolorido, como se estivesse em “carne viva" ou queimada. A pele acaba perdendo toda a camada superficial.

Além disso, o uso do ácido para clarear virilha e axila pode ter o efeito contrário e escurecer ainda mais essas regiões. Nas peles negras, o cuidado deve ser redobrado já que pode haver uma condição chamado de hipocromia salpicada: pequenas bolinhas brancas. Como as peles negras possuem mais melanócitos, as células produtoras de pigmento, o objetivo da hidroquinona é impedi-los de produzir melanina. Nas peles negras, isso pode se manifestar na forma de manchas brancas.

Como substituir a hidroquinona

Como o uso da hidroquinona provoca frequentes e importantes efeitos adversos, como a morte dos melanócitos (as células produtoras de melanina) e o consequente aparecimento de manchas brancas na pele, alguns especialistas vêm recomendando o uso de alternativas.

O mercado já dispõe de ingredientes mais seguros com eficácia comprovada, como a nicotinamida e a vitamina C em nanopartículas. Além deles, Alfa-arbutin e o ácido kójico inibem a enzima responsável pela formação de pigmento. Alguns suplementos orais também podem ser usados, além de lasers, luz pulsada e peelings, segundo a farmacêutica.

Cápsulas orais com ativos antioxidantes, por exemplo, vêm sendo utilizadas e oferecem benefícios para proteção contra os raios UV. Um ingrediente que age como protetor de dentro para fora, pode ser utilizado junto com outras vitaminas orais como extrato de romã, Vitamina C e E e selênio.

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