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O serviço de motoentrega é bastante comum nas grandes cidades. Há alguns anos o setor era praticamente exclusivo dos homens, mas hoje o cenário está um pouco diferente. Na empresa Angel’s Motogirl, em Ponta Grossa (PR), por exemplo, a frota é mista: há mulheres e homens trabalhando.
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No time delas está Rafaella de Melo Pereira, de 20 anos. Motociclista cautelosa e atenta, ela diz que um dos principais obstáculos do seu trabalho é a falta de compreensão dos motoristas. "Alguns carros entram de qualquer jeito, não dão seta. Isso causa muitos acidentes. No trânsito, a gente precisa de mais prudência e menos violência entre todos", ressalta.
Dicas para dirigir moto
Para dar uma forcinha às mulheres que querem começar a pilotar e ajudar a construir um trânsito mais seguro, a motogirl deu algumas dicas pra lá de valiosas.
Atenção redobrada. É preciso ter atenção o tempo todo em tudo o que acontece a sua volta. Tente prever a ação dos motoristas para prever a sua reação. Ao contrário dos motoristas, o motociclista não tem nada que proteja seu corpo.

Conheça bem a moto. Rafaella é baixinha e, por isso, diz que no começo tinha um pouco de receio de encarar motocicletas grandes, mas que com treino é possível dirigir qualquer modelo. "O tamanho da moto pode ser um obstáculo, mas se você a conhecer bem, não tem problema". Antes de escolher a sua, faça um (ou alguns) test drive, pesquise bastante e escolha aquela que te deixa mais confortável.
Equilíbrio. Segundo ela, o primeiro passo para começar a dirigir moto é saber andar de bicicleta. "Moto é equilíbrio, então o melhor treino é a bicicleta. Não dá para guiar moto se você não souber se manter em cima da bike".
Atenção ao peso. Andar com carga pode dificultar o trajeto, principalmente para as motoristas iniciantes. Rafaella diz que só leva as cargas no "porta-trecos" que fica embaixo do banco ou em uma mochila nas costas, ao invés de usar o bauzinho. Para ela, assim fica mais fácil guiar.
Mais um. Levar um carona é uma tarefa indicada apenas para as motociclistas com alguma experiência, já que o peso extra faz total diferença na hora de guiar. Para andar na garupa com segurança é preciso que motorista, passageiro e moto ajam como um corpo só. "Peço sempre para o carona me abraçar bem forte e seguir meus movimentos. Às vezes o medo deles atrapalha a condução", afirma.

Quando o assunto é mecânica, Rafaella revela que também é supercuidadosa: troca o óleo a cada mil quilômetros, faz uma revisão mensal para ver se está tudo certo e nunca, nunquinha, anda na reserva. "Rodar com pouco combustível pode aquecer demais o motor e estragar a peça. Melhor não arriscar, senão o prejuízo é grande", pondera.
Para fazer bonito no trânsito, a motociclista também faz questão de andar sempre com a moto nos trinques. "Lavo toda semana para não deixar sujeira impregnada em lugar nenhum. Também uso uma capa protetora que é para ela não ficar apanhando sol ou chuva quando estiver estacionada. Mulher é mais caprichosa com isso, né?", finaliza.