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Tratamento de fertilidade: lado psicológico

Publicado 30 Jun 2016 – 05:44 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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A falta de diálogo entre o casal e o estresse são os fatores que mais prejudicam os  tratamentos de fertilidade. Segundo pesquisas, 25% dos casais abandonam o tratamento precocemente devido ao impacto psicológico."Aparentemente muitos casais preferem discutir seus conflitos pessoais na consulta e não em sua intimidade", afirma a médica especialista em reprodução assistida Paula Fettback, do Grupo Huntington.

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Ela diz que durante os tratamentos, é natural que a mulher se sinta mais sensível, já que a medicação afeta diretamente em seus hormônios. Por isso, a compreensão dos parceiros é importante. Ela fala também sobre a decisão do casal por ter um filho, que deve ser um objetivo comum. "A divergência entre o casal é o que causa grande estresse e angústia ao longo dos procedimentos de  reprodução humana. Para alguns,  ter um filho é até mesmo uma forma de tentar resolver conflitos no relacionamento, mas isso não funciona. Já vi casais que se separaram depois que o filho nasceu, pois viram que não era o que precisavam para se entender", alerta.

A médica afirma também que é comum a mulher se responsabilizar por não conseguir engravidar, mesmo quando a causa da  infertilidade é masculina. Outro erro comum de algumas mulheres é dedicarem exclusivamente ao processo de reprodução assistida, deixando de lado suas atividades rotineiras. "Percebo que as pacientes que fazem isso, que interrompem sua dinâmica por conta do tratamento, costumam apresentar muitos problemas emocionais", afirma.

Para evitar esse desgaste psicológico, a dica da especialista é que a mulher busque harmonizar o processo com as questões de trabalho, a vida em casal e social. "Fazer atividades extras de lazer, se dedicar ao exercício intelectual e contar com a ajuda de um terapeuta podem suavizar as  pressões do tratamento. Mas o mais importante é que o casal procure se apoiar mutuamente", finaliza.

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