null: nullpx
barriga-Mulher

Pré-natal faz gravidez psicológica cada vez mais rara

Publicado 30 Jun 2016 – 05:44 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
Compartilhar

Ana Flora Toledo

Do Bolsa de Bebê

Você já deve ter ouvido falar da famosa gravidez psicológica. Ela é muito popular e bastante comentada, mas raros são os casos de pessoas que passam por isso atualmente. Essa diminuição drástica nos casos ao longo dos anos acontece graças ao bom acompanhamento do pré-natal, período em que é feito um exame supersimples pelo qual todas as mulheres que estão esperando um bebê devem passar: o ultrassom.

Leia também

Durante a ultrassonografia, o aparelhinho usado pelo médico é capaz de, por meio do eco produzido por um som que não pode ser percebido pelo ouvido humano, mostrar reflexos das estruturas do organismo. Com isso, identifica com facilidade a presença ou não do feto na barriga da mulher, o suficiente para acabar com qualquer dúvida a respeito da possível gestação.

"Esse é o principal exame que pode identificar o problema, junto com o Beta HCG, que é o tradicional exame de gravidez. Caso seja comprovado por meio dessas tecnologias que não existe um bebê, a tendência é que a mulher deixe de acreditar nisso, evitando assim chegar a um quadro de gravidez psicológica mais avançado", explica o ginecologista e obstetra Dr. Valter Almeida Ferreira Jorge.

Entenda o que é

Como o próprio nome diz, a mulher imagina que está grávida, mas na verdade não está gerando um bebê. O poder desse pensamento faz com que o corpo entenda que existe um feto, entrando em amenorreia (ausência de menstruação).

"Além disso, a mulher começa a criar em si os sintomas que sempre ouviu por aí, atribuídos à gravidez, como enjoo, sonolência e um volume muito grande de urina", explica o especialista. Segundo Dr. Ferreira Jorge, alguns casos evoluem a ponto de a mulher ver a barriga crescer, como em uma gravidez normal.

"Ela vai formando uma barriga de verdade, ela mesma estufa por conta do desejo de ver a barriga crescer", conta, ao lembrar que a produção de leite também não é garantia de que realmente exista uma criança. "Às vezes as mulheres com gravidez psicológica produzem leite. Isso porque quando o casso é por uma alteração de hipófise, aumenta a produção de prolactina, que é o hormônio responsável por produzir o leite".

Diagnosticado o problema, a mulher tende a voltar a entender sua condição e se recuperar desses sintomas. Contudo, algumas ainda precisam passar por acompanhamento psiquiátrico.

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse