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Fertilização com embriões congelados tem mais chance de sucesso

Publicado 30 Jun 2016 – 05:42 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Mulheres que utilizam embriões congelados nos tratamentos de fertilização têm massas chances de engravidar do que as que usam embriões 'frescos'. É o que vêm mostrando alguns estudos do Centro de Reprodução Humana do IPGO, em São Paulo.

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Para o ginecologista e obstetra Arnaldo Schizzi Cambiaghi, especialista em medicina reprodutiva, os resultados, comprovados também e pesquisas no mundo todo, representam uma grande mudança de paradigma" na reprodução assistida e pode levar a uma alteração na atual política de preferir embriões frescos aos congelados.

Vantagens dos embriões congelados

Fertilização com embriões congelados têm mais chances de uma gravidez de sucesso

Ele diz que há uma série de vantagens neste método, como aumento das taxas de implantação, aumento das taxas de gravidez em curso, diminuição taxas de aborto, menor risco de parto prematuro, bebês com maior peso ao nascimento e menor chance de sangramento na gestação. "A explicação está na receptividade endometrial que fica prejudicada em ciclos frescos, em decorrência da estimulação do ovário, quando comparados com os ciclos de preparação isolada do endométrio, sem a interferência dos altos níveis de hormônios que 'encharcam' o endométrio e, na maioria das vezes, pode prejudicar os resultados", afirma.

Além disso, nos tratamento de fertilização in vitro, as pacientes que apresentam níveis superiores do hormônio estradiol no último dia da estimulação ovariana, quando se aplica o medicamento para a maturação final dos óvulos, têm chances aumentadas de gerarem  bebês pequenos.

Uma outra pesquisa mostrou que os bebês nascidos de embriões congelados, em comparação aos nascidos de embriões frescos, têm risco 16% menor de serem prematuros e a metade de chances de serem pequenos para a idade gestacional.

Congelamento de embriões

A transferência de embriões congelados é simples e as medicações utilizadas são apenas orais ou transdérmicas, não injetáveis, e numa quantidade todal muito menor do que o indicado em um ciclo de fertilização in vitro com embriões frescos.

"Poderíamos tentar o congelamento de embriões humanos e mantê-los  guardados até que os efeitos dos medicamentos para a fertilidade se desapareçam e o ciclo menstrual volte ao  normal. O útero se tornará  mais  receptivo, e capaz de sustentar o crescimento do feto", finaliza.

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