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Exercícios regulam a fertilidade

Publicado 30 Jun 2016 – 08:14 PM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 01:38 PM EDT
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Os entendidos do assunto recomendam: antes de ler essa matéria, separe sua legging, camiseta e tênis. Você já deve ter ouvido falar em dietas da fertilidade, posições mais favoráveis para engravidar. Já deve ter calculado seu período fértil e mantido as pernas elevadas após o ato sexual para favorecer a chegada do bebê. E a cegonha? Nem deu os primeiros sinais. Talvez esteja faltando um pouco mais de ação na sua vida: segundo os especialistas, a prática regular de exercícios físicos é fundamental para quem anda querendo acrescentar um membro à família.

"Qualquer atividade física é benéfica para a fertilidade já que auxilia na liberação de substâncias como a serotonina que ajudam a regular a função ovulatória e menstrual. Além disso, trazem vantagens para o metabolismo em geral: melhoram o fluxo sanguíneo que chega aos órgãos, previnem doenças cardiovasculares e ósseas (como a osteoporose) e liberam endorfinas que aumentam o bem estar", afirma Adelino Amaral, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e ginecologista da Clínica Genesis, em Brasília. Você nem precisa virar uma atleta para desfrutar dos benefícios que os exercícios trazem. A prática de uma caminhada de 40 minutos, três vezes por semana, já é suficiente para dar aquela mãozinha à cegonha. Controlando a balança

Além de regularem a função ovulatória, os exercícios físicos ajudam a eliminar quilinhos extras que podem influir na capacidade fértil de homens e mulheres. "O excesso de gordura desregula a produção de leptina (hormônio que regula o ciclo menstrual) prejudicando o ciclo ovulatório", afirma o ginecologista especialista em reprodução humana Vinícius Medina Lopes, diretor do Instituto Verhum, em Brasília. Na mulher, a obesidade pode alterar os níveis de insulina liberado pelo pâncreas, desencadeando uma superprodução de hormônios masculinos e interrompendo a liberação de óvulos pelos ovários.


Peso abaixo do normal também é prejudicial à realização do sonho da maternidade. Por isso, nada de dietas radicais


Para quem anda precisando perder peso, os exercícios aeróbicos como as corridas e a natação são os mais indicados. "Muitas vezes, a perda de 5% do peso é suficiente para regular a função ovulatória", revela Adelino. O médico faz questão de lembrar que o excesso de peso em associação com a queda de fertilidade pode estar relacionado à Síndrome dos Ovários Policísticos e a disfunção precisa ser tratada.

Peso abaixo do normal também é prejudicial à realização do sonho da maternidade. Por isso, nada de dietas radicais. "A mulher necessita de uma quantidade mínima de tecido adiposo. Ele funciona como um órgão endócrino que produz hormônios capazes de regular o ciclo menstrual", explica Vinicius. Quando não há essa gordura, a mulher pode não ovular ou as paredes do seu útero podem ser incapazes de sustentar o embrião. Estudos apontam que, nos homens, o baixo peso diminui a produção de espermatozóides.

No entanto, quem anda abaixo do peso não precisa se privar dos exercícios físicos e seus benefícios. Basta fazer a escolha certa. "As atividades aeróbicas - que aumentam o risco de emagrecer - devem ser evitadas. As anaeróbicas (como a musculação) são as mais recomendadas nesses casos", aconselha Vinícius.

Para avaliar se a sua balança anda em equilíbrio, existe o Índice de Massa Corpórea (IMC). Ele é obtido pelo resultado da divisão matemática do peso (em quilos) pela estatura elevada ao quadrado (em metros). O peso é considerado normal quando o IMC fica entre 18 e 24, em mulheres, e entre 20 e 25, nos homens.

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