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Doenças que passam de mãe para filho precisam de atenção

Publicado 30 Jun 2016 – 05:45 PM EDT | Atualizado 3 Abr 2018 – 10:50 AM EDT
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Algumas doenças são transmitidas de mãe para filho ainda durante a vida uterina ou logo nos primeiros dias de vida do bebê. São as chamadas congênitas, que, segundo a geneticista Leila Montenegro Silveira Farah, afetam quatro em cada 100 recém nascidos, são difíceis de evitar e precisam ser previstas para serem tratadas.

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"Algumas só podem ser rastreadas quando já existe um caso na família ou quando o casal pertence a um grupo étnico específico. Outras, as cromossômicas, como é o caso da Síndrome de Down, pode ser decorrente de alguma característica dos pais, como a idade materna avançada (acima dos 35 anos)", esclarece a especialista.

Mas nem sempre as doenças congênitas são genéticas. Elas também podem ser resultado de uma ação do meio ambiente, como as malformações decorrentes do uso da talidomida ( o que é isso¿)ou algumas doenças maternas, como a rubéola, que é fácil de evitar através da vacinação e de uma orientação médica adequada..

"Nem toda doença congênita pode ser tratada. Um pré-natal bem feito pode ser decisivo na saúde do bebê", alerta a médica. Antes da gestação é importante verificar se existe algum caso de doença genética na família e se o casal pertence a algum grupo de risco específico. Além disso, é recomendado que a mãe tome ácido fólico para diminuir os riscos de anencefalia. Durante a gestação, o obstetra deve pesquisar doenças na mãe e solicitar exames que permitam acompanhá-la adequadamente, como as ultrassonografias para rastreamento de alterações cromossômicas e a morfológica do segundo trimestre, e, se necessário, encaminhar para um serviço de medicina fetal.

Existem mais de 15 mil doenças genéticas conhecidas. "Toda a vez que um dos membros do casal suspeitar que tem risco aumentado para doenças genéticas deve procurar um geneticista", alerta a especialista. O aconselhamento genético pesquisa a ocorrência e o risco de recorrência de uma doença genética em uma família como forma de não reproduzi-lo. "Ele se destina ao indivíduo afetado, aos pais dos indivíduos afetados e à sociedade como um todo. Pode rastrear malformações, doenças congênitas e indivíduos em risco para problemas genéticos", conclui a médica.

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