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Diabetes gestacional

Publicado 30 Jun 2016 – 08:14 PM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 01:38 PM EDT
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Mesmo com todos os avanços tecnológicos e no conhecimento do diabetes, esta situação ainda configura uma gestação de alto risco, o que exige um acompanhamento rigoroso da paciente. O diabetes mellitus é a complicação clínica mais comum da gestação, podendo ocorrer em até 7,5% das gestantes.


Uma paciente é dita portadora de diabetes gestacional quando esta doença é diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez, podendo incluir toda forma de intolerância à glicose. Na grande maioria das vezes há regressão do quadro com o fim da gestação. Outra possibilidade é a paciente portadora de diabetes mellitus prévio à gravidez, por mais que ela possua intolerância à glicose durante a gravidez, possivelmente pior do que antes de engravidar, esta não é classificada como diabetes gestacional, o que não configura um quadro clínico menos grave e de acompanhamento menos rigoroso.

Na gravidez, muitas alterações no organismo materno ocorrem, muitas vezes o próprio corpo humano se responsabiliza por se adequar a essas mudanças. Porém, quando não acontece, há um distúrbio, assim como o diabetes

Na gravidez, muitas alterações no organismo materno ocorrem, muitas vezes o próprio corpo humano se responsabiliza por se adequar a essas mudanças. Porém, quando não acontece, há um distúrbio, assim como o diabetes. Existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes gestacional, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. São eles: idade superior a 25 anos, obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual, história familiar de diabetes, baixa estatura materna, deposição de gordura central excessiva e complicações referentes ao diabetes na gestação atual.

Uma paciente previamente sadia, quando engravida, sofre alterações hormonais e metabólicas que resultam numa resistência periférica à ação da insulina (hormônio que facilita o transporte dos açúcares para o interior das células); catabolismo acentuado, que seria uma maior quebra de substâncias para gerar mais energia exigida pelo feto; anabolismo facilitado, que seriam as alterações do organismo para gerar e disponibilizar mais energia devido ao acentuado catabolismo. Essas alterações sofrem influências de hormônios, principalmente o hormônio lactogênio placentário, produzido pela própria placenta.

O diabetes gestacional é uma doença classicamente do final de gestação, principalmente de terceiro trimestre. A paciente que desenvolve esta doença apresenta sintomas como: aumento da sede, aumento do apetite, aumento do número de micções, perda de peso, sensação de fraqueza; sintomas estes, muitas vezes confundidos com os da própria gestação, o que demonstra a importância do rastreio desta doença em todas as gestantes.

O rastreio do diabetes gestacional é um assunto de muita controversia, muitas sociedades adotam sua própria conduta. Algumas sociedades preconizam o rastreio em todas as pacientes, na primeira consulta de pré-natal, outras, apenas entre a 24ª e 28ª semana de gestação, outras, na primeira consulta e na 20ª semana. Enfim, o importante é o obstetra estar atento aos sintomas, se estes estiverem presentes (pode ser assintomático), e fazer o rastreio em suas pacientes.

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