Suplementação alimentar deve ser evitada na gravidez
Muitas mulheres adeptas da suplementação alimentar ficam na dúvida se podem ou não continuar durante a gravidez e até mesmo durante a lactação. Para o chefe do setor de obstetrícia e medicina fetal da Clínica Perinatal, Renato Sá, o ideal é que a grávida procure um nutricionista especializado em gestação, que irá considerar a especificidade de cada mulher, mas ele acredita que e a nutrição balanceada é o melhor caminho.
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Ácido fólico na gravidez
Alguns suplementos, no entanto, são necessários. A suplementação de ácido fólico deve se iniciar antes da gestação para a prevenção de defeitos do tubo neural. Depois de 16 semanas é importante a reposição de ferro. A recomendação inicial é que os demais nutrientes sejam originários de uma dieta balanceada.
"Para a gestante, o principal suplemento é o carboidrato. Após a 13 ª semana de gravidez, cerca de 300 kcal por dia são necessárias para atender as necessidades metabólicas da gravidez. Esse requisito de energia é ainda maior quando o gasto energético diário é aumentada através de exercícios. Mas com exceção do ácido fólico no período periconcepcional e do ferro no segundo trimestre, nenhum outro deve substituir a dieta balanceada. Em populações com baixo consumo de cálcio a sua reposição pode ser benéfica, mas a reposição para qualquer gestante não mostrou qualquer benefício", explica o médico. Durante a lactação, ele ressalta também que o ideal é a reposição pela dieta, já que alguns suplementos podem ser fonte de alergenos para os bebês.
Há ainda as gestantes que optam pelo consumo do colágeno, com o objetivo de evitar estrias. "A ingestão de proteína é muito importante para a gestante, para o desenvolvimento do feto e até para se evitar algumas complicações na gestação. Mas não há, até o momento, nenhum estudo com alto valor científico que justifique o uso de colagens", afirma. No caso de dúvidas um nutricionista especializado em gestação pode ajudar.