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Sangramento na gravidez: quando se preocupar?

Publicado 30 Jun 2016 – 05:44 PM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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Mariana Bueno

Do Bolsa de Bebê

Uma em cada cinco mulheres sangra nas primeiras semanas de gravidez sem que isto provoque nenhum dano no feto nem no desenvolvimento da gestação. “Existem diferentes motivos para ocorrer sangramentos durante a gravidez, alguns graves e outros relativamente comuns. Se notar sangue na calcinha, mesmo que o fluxo seja pequeno e que não haja dor, a mulher deve consultar seu médico para fazer exames e avaliar seu estado e do bebê o mais depressa possível”, afirma a ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana Rosane Rodrigues.

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A médica explica que no primeiro mês é normal ter um sangramento leve, comumente confundido com a menstruação pela data em que acontece, mas isso é apenas a implantação do embrião, pois quando ele cola na parede do útero, pode romper algum vaso sanguíneo.  Quando o sangramento ocorre no primeiro trimestre da gestação, geralmente está relacionado com mudanças que acontecem no corpo da mulher. Isso pode ocorrer devido às alterações hormonais ou quando óvulo fecundado se acomoda no útero, rompendo alguns vasos sanguíneos. Outra hipótese é que a mulher sangre nos dias em que viria a sua menstruação caso não estivesse grávida. Nesses casos, o sangramento também é pequeno e não causa danos.

Mas quando o sangramento é mais abundante ou vem acompanhado de fortes cólicas abdominais, pode ser um sinal de aborto espontâneo ou de gravidez ectópica, que é quando o embrião cresce nas trompas ao invés do útero. Nesse caso, a situação é mais preocupante e a gestante deve procurar imediatamente seu médico para que ele controle a situação.

Nos casos dos sangramentos leves, o tratamento mais comum é o mais simples e clássico: fazer repouso. Nos casos de perdas persistentes e abundantes, pode usar-se inibidores do útero, que irão relaxá-lo para que não haja contrações.

As situações mais sérias são as que ocorrem no final da gestação, a partir do terceiro trimestre, quando o sangramento vaginal pode ser sinal de um parto prematuro. Geralmente, quando isso ocorre, o médico indica que a gestante fique em repouso ou adiante a data do parto, dependendo da situação da mãe e do bebê. Para evitar sangramentos, a gestante deve evitar grandes esforços e fazer atividades físicas apenas com orientação médica. É imprescindível também realizar um bom pré-natal para acompanhar sua saúde e do bebê durante todo o período.

“O mais importante é saber distinguir as perdas ligeiras de sangue das hemorragias provocadas por um motivo mais grave. As primeiras são um sangramento ligeiro, parecido ao que se pode ter quando começa o período ou quando termina. Podem ser de cor rosa, vermelho e até castanho, como a cor de sangue seco. Já as hemorragias são mais abundantes e de cor vermelha intensa. Em muitas ocasiões ocorre por um traumatismo ou esforço realizado pela futura mãe, visto que o útero está muito irrigado durante esta etapa e um movimento exagerado ou uma pancada pode produzir o que se conhece como perdas ou hemorragias vaginais”, explica a ginecologista.

Cuidados na gravidez

Nas primeiras semanas de gravidez, uma em cada cinco mulheres podem apresentar algum sangramento, o que não prejudica o feto.

Mas, por menor que o sangramento seja, é importante consultar um médico, que poderá avaliar se há ou não algum problema.

O repouso é a indicação mais comum para os casos de sangramentos leves.

Já um sangramento maior ou acompanhado de cólicas, pode ser sinal de aborto espontâneo e um médico deve ser procurado imediatamente.

Na reta final da gestação os sangramentos são mais sérios, pois podem ser sinais de um parto prematuro.

Um bom acompanhamento pré-natal é essencial para garantir a saúde da gestante e do bebê até o nascimento.

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